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Comprar casa própria ou habitação secundária? Guia completo

Tudo o que há para saber sobre a habitação permanente e a habitação secundária, assim como as diferenças de crédito em cada uma.

Para garantir o bem estar, conforto e tranquilidade no seio familiar, há quem procure uma casa para comprar. Adquirir habitação própria e permanente é um passo importante na vida dos portugueses, já que muitos precisam de recorrer a um empréstimo habitação, representando, assim, um investimento de longo prazo.

Há também quem procure uma segunda casa para comprar, seja para passar férias ou numa perspetiva de investimento, mediante a posterior colocação no mercado de arrendamento ou de Alojamento Local. Mas o clima atual, marcado pela alta inflação e pela subida de juros no crédito habitação, traz novos desafios para as famílias.

E às despesas com a compra da casa, somam-se ainda os impostos a pagar. Neste artigo, explicamos tudo o que precisas de saber para comprar a tua primeira casa ou uma casa de férias.

Antes de comprar casa, importa esclarecer as diferenças entre os conceitos imobiliários de Habitação Própria Permanente (HPP) e Habitação Própria Secundária (HPS), que na verdade são muito simples:

  • Habitação Própria Permanente: refere-se aos imóveis utilizados como morada principal e habitual, do proprietário e do seu agregado familiar. Esta habitação corresponde à morada fiscal das famílias no Portal das Finanças;
  • Habitação Própria Secundária ou simplesmente morada secundária: diz respeito aos imóveis que não correspondem à morada oficial e permanente do proprietário e da família e que, em muitas situações, é utilizada para férias. Por exemplo, se tens um imóvel no Algarve ou na Madeira para passar férias com a tua família ou para arrendar, trata-se de uma habitação secundária
habitação decorada

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Comprar habitação própria e permanente: tudo o que precisas de saber

Antes de mergulhar na aventura de comprar uma casa própria e permanente há que ter vários aspetos em conta. Desde logo, a família deverá definir a localização e um valor máximo para a compra da casa mediante as poupanças que tem disponíveis. E, depois, há que pesquisar e visitar muitos imóveis até encontrar a casa ideal para comprar. Segue-se, para muitos agregados, a procura pelo crédito habitação mais vantajoso e adequado. E aqui há vários aspetos a pôr na balança.

Crédito habitação para comprar casa própria

Para aquisição de habitação própria e permanente, as regras do Banco de Portugal dizem que o financiamento bancário poderá ir até aos 90%, sendo obrigatório dispor de 10% do valor total da casa para dar de entrada.

Até aqui tudo bem. Acontece que o mercado hipotecário está a ficar mais caro desde o início do ano, quando as taxas Euribor começaram a subir antecipando movimentos de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Desde julho até dezembro, o regulador europeu decidiu subir as taxas de juro diretoras em 250 pontos base, dando gás à subida das taxas de referência.

Neste contexto, as taxas variáveis estão a subir à boleia da Euribor. E as taxas fixas também estão a aumentar, já que os bancos estão a adaptar a oferta de taxas fixas ao preço do dinheiro. Os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) apontam as seguintes subidas nas taxas de juro:

  • Empréstimos a taxa variável: a taxa de juro média dos novos contratos subiu de 0,6% para 2,6% entre dezembro de 2021 e outubro de 2022;
  • Empréstimos a taxa fixa: a taxa de juro média dos novos contratos subiu de 2,1% em dezembro do ano passado para 4,1% em outubro de 2022.

Há ainda outros efeitos escondidos no crédito habitação para comprar casa que advêm da política monetária mais restritiva. Como as taxas de juro entram para o cálculo da taxa de esforço das famílias, acaba por reduzir o valor que os bancos estão autorizados a emprestar. Isto quer dizer que, no caso da aquisição da primeira casa, o valor financiado poderá ser inferior a 90% do preço da casa.

Além disso, os bancos da Zona Euro relataram um “forte aperto dos critérios de crédito para empréstimos a famílias para aquisição de habitação” no terceiro trimestre de 2022, referiu o BCE, dando nota que esta é uma tendência que irá continuar nos próximos meses. O objetivo das entidades bancárias passa por evitar aumento de situações de incumprimento.https://datawrapper.dwcdn.net/86OTP/4/

Vantagens fiscais e impostos da casa a pagar

Há vários impostos associados à compra de casa, pelo que antes de avançar com o negócio, a família deverá ter poupanças também para pagar estas taxas ao Estado. No que diz respeito à aquisição de habitação própria e permanente, há algumas vantagens fiscais para quem compra casa até determinado valor, como:

  • Vantagens fiscais no IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas): existe isenção de pagamento do IMT quando for adquirida uma habitação própria e permanente por menos de 93.331 euros em Portugal Continental, e por menos de 116.664 euros na Região Autónoma dos Açores e na Região Autónoma da Madeira;
  • Vantagens fiscais no IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis): existem algumas isenções previstas com a aquisição de habitação permanente durante um determinado período. Por exemplo, quando o valor patrimonial tributário não for superior aos 125 mil euros, estes imóveis estão isentos de IMI durante três anos. Neste caso, a isenção é automática. Outros casos podem ser conhecidos ao pormenor no Portal das Finanças.
  • Mais valias financeiras: se decidires vender a tua casa por um preço superior ao valor da compra, poderás comprar outra (sempre para habitação própria e permanente) de preço igual ou superior, sem ter de pagar impostos ao Estado em relação aos lucros obtidos. 
Crédito habitação para comprar casa

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Comprar uma segunda habitação: o que ter em conta?

Muitas famílias optam por comprar uma segunda casa em Portugal, seja para passar férias ou até para fazer negócio com o arrendamento ou Alojamento Local. Depois de decidir o local perfeito para adquirir uma segunda casa, importa conhecer as opções de financiamento bancário disponíveis, bem como os impostos a pagar.

Como funciona o crédito para comprar uma segunda casa? 

Ter uma segunda casa para férias é um sonho de muitos portugueses, para desfrutar de longas estadias com familiares ou amigos. Mas se a família precisar de recorrer a financiamento bancário para comprar a habitação secundária, há diferenças a ter em conta.

Quem já tem um crédito habitação para comprar habitação própria e permanente e pretende pedir um empréstimo para comprar uma segunda habitação, poderá deparar-se com condições menos favoráveis. Isto porque a taxa de esforço será maior, pelo que a entidade bancária entende que o risco de incumprimento também será superior.

A principal diferença entre o crédito habitação para comprar a primeira casa e a segunda prende-se com o Loan-to-Value (LTV), isto é, o montante que os bancos emprestam face ao valor da casa. No caso de um crédito habitação para comprar segunda habitação, o financiamento máximo atribuido ronda os 80%, enquanto para a compra de habitação própria e permanente o financiamento chega aos 90%. Ou seja, no crédito habitação para comprar uma segunda casa, o montante financiado pelos bancos é menor.

Todo o panorama associado à subida de taxas de juro e às regras mais apertadas para a concessão de novos créditos habitação aplica-se de forma igual aos empréstimos para aquisição de uma segunda casa.

Crédito para comprar segunda habitação

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Há benefícios fiscais na compra de uma segunda casa?

No que diz respeito aos impostos, não há benefícios fiscais para a habitação secundária. Desde logo, não há isenção no IMI. E também terás de pagar o Imposto de Selo (IS) e Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas (IMT). Quando a soma do património imobiliário for superior a 600 mil euros, poderás ser obrigado a pagar o Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI), tal como na compra de habitação própria e permanente.

É igualmente obrigatório pagar as mais valias de uma habitação secundária. Ou seja, assim que seja vendida a habitação secundária terás de guardar uma parte das mais-valias para a liquidação do IRS. Aí é apurado o valor do imposto consoante as mais-valias obtidas.

crédito à habitação

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Comprar segunda casa em Portugal atrai cada vez mais estrangeiros

qualidade de vida, gastronomia, praias e clima ameno que Portugal oferece tem atraído cada vez mais cidadãos internacionais a visitar o nosso país – mas não só. “A compra de segunda residência em Portugal é, hoje, uma grande tendência para clientes estrangeiros”, disse Patrícia Barão, Head of Residential na JLL.

Há estrangeiros que procuram a combinação de atividades de lazer que Portugal dispõe. Mas há também muitos estrangeiros que procuram viver num ambiente de paz, refugiando-se da instabilidade política, social e económica que se tem instalado em vários países pelo mundo, como é o caso dos EUA, Brasil, Reino Unido e os países que fazem fronteira com a Rússia e a Ucrânia, que vivem hoje um conflito armado.

“A crescente instabilidade e insegurança que se regista em países como os EUA ou o Brasil, normalmente decorrente de atos eleitorais ou desrespeito pela liberdade, faz dos norte-americanos e dos brasileiros das nacionalidades mais ativas na compra de casa no mercado português”,  disse David Moura-George, diretor geral da Athena Advisers Portugal, que acredita mesmo que “para estas pessoas, chegar a Portugal significa começar uma nova vida num clima de paz, segurança e liberdade”.

O próprio Banco de Portugal destacou, no Relatório de Estabilidade Financeira de novembro de 2022, a “relevância dos não residentes no dinamismo do mercado imobiliário residencial” na última década. E concluiu que “após alguma redução na sequência da pandemia, as transações de habitação envolvendo compradores com domicílio fiscal fora de Portugal voltaram a aumentar significativamente, com o contributo maioritário dos compradores com domicílio fiscal fora da União Europeia (UE)”.

Em concreto, os compradores não residentes em Portugal representaram 11,7% do valor das transações de habitação no país no acumulado dos quatro trimestres terminados em junho. Além disso, os estrangeiros estão a comprar casas em Portugal bem mais caras do que os residentes. O valor médio de transação por compradores não residentes é 95% mais elevado do que o dos compradores residentes, aponta o relatório. 

Estrangeiros compram casa em Portugal

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Comprar casa para arrendar: o que ter em conta 

Há ainda quem compre uma casa para colocar, depois, no mercado de arrendamento. Adquirir uma habitação para arrendar tem um objetivo bem concreto: gerar rendimentos no longo prazo. 

Alguns bancos dispõem de crédito habitação para arrendamento, mas convém ter em conta que a percentagem do financiamento, a considerar o valor do imóvel, será inferior à do crédito habitação para as habitações permanentes. A taxa de juro costuma ser mais alta, já que esta não será a casa principal da família.

Tal como na compra de habitação própria e permanente e na aquisição de habitação secundária, há vários impostos a pagar neste caso: 

  • IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas);
  • IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis);
  • Imposto de Selo (IS) sobre a compra e venda;
  • Registos de aquisição e o custo da escritura pública de compra e venda.

De forma tirar o melhor rendimento possível, é importante considerar o local onde se encontra o imóvel, os serviços circundantes e a tipologia da casa. Note-se que antes de colocares a habitação para arrendar podem ser exigidas obras de reconstrução

O importante é que, contas feitas, consigas ter rentabilidade no negócio. Um estudo mostra que a rentabilidade bruta da compra de uma casa em Portugal para arrendar foi de 5,9% no terceiro trimestre de 2022, um valor 0,2 pontos percentuais (p.p) superior à calculada para o mesmo período de 2021 (5,7%). Santarém (7,6%), Viana do Castelo (7,2%) e Leiria (6%) destacaram-se por serem as capitais de distrito onde comprar casa para arrendar é mais rentável. E Lisboa (3,8%), Aveiro (4,3%) e Faro (4,5%) são as cidades onde este negócio é menos apetecível. 

Tradições (curiosas) do Natal em Portugal

Portugal é um país de tradições e costumes bem enraizados na cultura do país. A época natalícia não é exceção e há inúmeros rituais que se mantêm bem vivos ano após ano. Há tradições que se repetem de norte a sul do país, como o presépio, a árvore enfeitada, o Pai Natal, a troca de prendas à meia noite, o bacalhau na ceia de Natal.

Mas há também tradições típicas de determinadas regiões de Portugal e que apenas aí se podem vivenciar. Viaje connosco pelo país imbuído no espírito natalício e fique a conhecer as tradições mais curiosas e peculiares do Natal em Portugal.

Caretos de Varge

Caretos de Varge
Caretos de Varge. Por Alfredo Miguel Romero

Os Caretos de Varge fazem parte da Festa dos Rapazes que celebra o solstício de inverno e é uma experiência quase espiritual. Homens mascarados, denominados caretos, espalham a desordem absoluta na aldeia de Varge, em Trás-os-Montes, chocalhando as mulheres, simbolizando esse ato o regresso à terra fecunda.

De 24 a 26 de dezembro, os jovens oriundos da aldeia regressam a casa para participar nesta festa e manter viva a tradição. No dia 24 de dezembro, organiza-se uma reunião dos rapazes solteiros onde se prepara em segredo o que irá suceder.

O dia 25 de dezembro, após a missa de Natal, os rapazes aparecem vestidos de Caretos, saltando, gritando e rindo ao som dos seus chocalhos e de um gaiteiro acompanhado por bombo e caixa. O feno é atirado ao povo, as raparigas são “achocalhadas”, a água das fontes é espalhada e os animais são provocados. Outra das tradições é o “cantar das loas”, onde se critica ou ridiculariza acontecimentos e condutas de pessoas na aldeia durante o ano.

Bananeiro, Braga

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Braga. Por Joseolgon

Na cidade de Braga não há Natal sem Bananeiro. Uma das tradições preferidas dos bracarenses começou há cerca de 40 anos quando os comerciantes da Rua do Souto se decidiram reunir à porta da Casa das Bananas, ao final da tarde do dia 24 de dezembro, com o objetivo de desejar “boas festas” a conhecidos e desconhecidos, acompanhados de um cálice de vinho moscatel e uma banana.

O hábito de “comer uma banana e beber um banano” passou de um momento de convívio de um grupo restrito de amigos e clientes e tornou-se um ponto de encontro de todos os bracarenses na véspera do dia de Natal. Hoje em dia, nas tardes do dia 24 de dezembro a rua é invadida por milhares de pessoas para cumprir com o ritual.

Ceia de Natal ou Consoada

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Por yanlev

É quase inevitável o bacalhau cozido com batatas e couves não estar presente na mesa da ceia de Natal dos portugueses. Contudo, há regiões do país onde o tradicional prato é substituído por outras iguarias. Por exemplo, no Algarve, o galo de cabidela é uma alternativa ao bacalhau bastante apreciada.

Na Beira Litoral, o polvo cozido serve-se na mesa de algumas famílias. Na zona de Lisboa e Vale do Tejo come-se peru assado na consoada. Em Trás-os-Montes e Alto Douro, também há polvo e em algumas casas come-se pescada frita ou congo frito.

Nos Açores, para além do tradicional bacalhau com todos, também há canja de galinha. Há ainda quem coma torresmos com inhames e morcela com batata doce, especialmente na ilha de São Jorge. Já na Madeira, pode encontrar à mesa da consoada as espetadas típicas da ilha.

Madeiro de Natal

Madeiro de Natal
Madeiro de Penamacor. Por Elisa Santos

No interior do país, o Natal é marcado pela cerimónia da queima do Madeiro, durante a noite do dia 24 de dezembro. Esta tradição realiza-se sobretudo na área que vai de Trás-os-Montes até ao Alto Alentejo, abrangendo localidades dos distritos de BragançaGuardaCastelo Branco e Portalegre.

Madeiro consiste numa grande fogueira que é feita normalmente no adro da igreja, onde a população se reúne depois da Missa do Galo. A fogueira chega a atingir a altura da igreja, ardendo toda a noite até que se apague. A queima é antecedida pelo ritual da apanha da madeira e do seu transporte até à localidade, realizando-se de forma diferente consoante a região. É em Penamacor que se acende o maior madeiro de Natal de Portugal que se alia a diversas atividades natalícias.

“O Menino mija”, Açores

Ponta Delgada, Açores
Ponta Delgada, Açores. Por El Coleccionista de Instantes Fotografía & Video

Uma tradição que se tem mantido nos Açores é “O Menino mija”, constituindo um símbolo do património etnográfico do arquipélago. Entre o dia 24 de dezembro e o Dia de Reis (6 de Janeiro), vários grupos de homens e mulheres andam de casa em casa visitando familiares e amigos e degustando doces e licores tradicionais, que estão sempre expostos por esta altura nas mesas. Antes de entrarem, é quase obrigatório fazer a típica questão: “O Menino mija?”.

Esta tradição açoriana levou à criação de um licor com o mesmo nome, da autoria da fábrica de licores de Eduardo Ferreira. O licor pode ser encontrado nas diversas superfícies comerciais ou online, mas apresse-se, porque na época festiva este licor esgota rapidamente.

Magusto da Velha, Aldeia Viçosa

Madeiro de Natal em Aldeia Viçosa
Madeiro de Natal em Aldeia Viçosa. Por Alexa Pinto

Novembro já lá vai, mas há um São Martinho tardio em Aldeia Viçosa, na Guarda. No dia 26 de dezembro celebra-se o Magusto da Velha. A tradição remete para a história de uma velha senhora muito rica que quis deixar uma renda perpétua à Junta de Freguesia.

A quantia seria para oferecer aos pobres uma boa dose de castanhas e de vinho. Como contrapartida, a velha – o nome próprio da senhora é desconhecido – pediu que toda a gente rezasse, por altura do Natal, um Pai Nosso à sua alma.

No dia 26 de dezembro, chovem cerca de 150 quilos de castanhas da torre da igreja, enquanto os sinos tocam sem parar. Para além de rezar pela alma da velha, a população presente preocupa-se em encher os bolsos de castanhas que são depois assadas nas brasas do Madeiro de Natal que normalmente ainda aquece quem assiste. A acompanhar, é distribuído vinho tinto que serve também para brindar à velha.

Caretos de Ousilhão

Caretos
Caretos. Por raquel

Na aldeia transmontana de Ousilhão, no concelho de Vinhais, também se celebra a festa dos rapazes em honra de Santo Estevão no dias 24, 25 e 26 de dezembro. A festa inclui a presença dos Caretos que animam com as suas tropelias, travessuras e o achocalhar, andando pela aldeia a gerar o caos entre a população após as missas e fazendo as suas tradicionais rondas em busca de oferendas de enchidos.

Os Caretos mantêm assim o seu papel de figura diabólica que liberta todas as energias contidas e anuncia um novo ano. Os habitantes da aldeia preparam as suas casas com uma mesa bem recheada de comida e de bebida para receber os moços da aldeia que representam os “bons visitantes” e os Caretos que representam os “maus visitantes”.

Porto inaugura balcão de apoio à habitação acessível

Novo espaço da Câmara Municipal do Porto fica localizado na Loja de Cidadão das Antas e é dedicado ao programa 1º Direito.

A Câmara do Porto tem em funcionamento um novo balcão de atendimento dedicado ao programa 1.º Direito, para apoiar as candidaturas para financiamento de obras de requalificação em fogos em estado de degradação ou sem condições de habitabilidade. O espaço fica sediado na Loja de Cidadão das Antas, na Avenida de Fernão de Magalhães.

De acordo com a autarquia, a abertura do balcão de atendimento é “um dos passos” para concretizar a estratégia do município de “qualificação e dignificação da habitação na cidade do Porto“.

Além do apoio prestado aos cidadãos interessados em submeter candidaturas ao programa 1.º Direito, no balcão será disponibilizado um “simulador ‘online‘ que permite “fazer uma análise preliminar de enquadramento da elegibilidade ao programa”.

O gabinete vai ainda:

  • informar os munícipes sobre as habitações disponíveis nos concursos de arrendamento acessível;  
  • apoiar na manutenção dos imóveis já habitados;
  • proceder à cobrança de rendas.

“Estima-se que, durante o ano de 2023, sejam atendidas cerca de 13.000 solicitações de munícipes”, adianta.

A autarquia salienta ainda que aempresa municipal Porto Vivo, SRU tem “aumentado o espólio de habitação para arrendamento acessível na cidade, chegando a cerca de 170 o número de fogos disponibilizados”.

A par dos fogos para arrendamento acessível, a empresa municipal vai, fruto de um acordo com o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), reabilitar seis ilhas contíguas na Lomba, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência.

O 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, visa apoiar a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada.

Esforço para pagar casa vai estabilizar para quem tem menores salários

Famílias com menores rendimentos vão ver a taxa de esforço para pagar os créditos a taxa variável estabilizar em 2022, diz BdP.

A subida da inflação e das taxas de juro aumenta a pressão sobre os orçamentos das famílias. E estes “choques” têm impactos diferentes nos agregados consoante o nível de salários e características socioeconómicas. Tendo em conta este cenário e a subida dos salários em 2023, o Banco de Portugal (BdP) conclui que a generalidade das famílias com empréstimos a taxa variável (inclusive a hipoteca da casa) conseguirá manter o consumo de bens essenciais e satisfazer o serviço da dívida com os seus rendimentos em 2023. E mesmo as famílias com menores salários vão ver a taxa de esforço para pagar os créditos de taxa variável a estabilizar em 2022 e a subir ligeiramente em 2023.

Na análise às principais despesas sobre os rendimentos dos portugueses, o regulador liderado por Mário Centeno conclui que, em 2023, “a generalidade das famílias consegue manter um volume de consumo de bens essenciais igual ao de 2021 e satisfazer o serviço da dívida a partir do rendimento corrente, sem pôr em causa outro tipo de despesas”, lê-se no Boletim Económico de dezembro de 2022 publicado na passada sexta-feira, dia 16 de dezembro.

Analisando à lupa os impactos da inflação e do aumento das taxas de juro na situação financeira das famílias com dívida a taxa de juro variável em 2023, o BdP estima que:

  • Rendimento disponível das famílias excluindo juros vai subir 6,1% em 2023 face a 2022 para as famílias com baixos rendimentos e 5,4% para as famílias com rendimentos mais elevados;
  • Despesas em bens alimentares e energéticos: terá um maior impacto no rendimento das famílias com menores salários (de +5,4%), do que para as famílias com maiores rendimentos (+1,5%). Em 2023, “os efeitos negativos do aumento dos preços dos bens alimentares e energéticos serão menores do que os observados em 2022”, destaca ainda;
  • Serviço da dívida anual com taxa variável (incluindo o crédito habitação indexado à Euribor): terá um impacto de +3,3% sobre os rendimentos das famílias mais vulneráveis e um impacto de 1,2% nos agregados com salários mais elevados;
  • Impacto líquido do aumento do rendimento disponível, dos encargos com a dívida e do aumento dos preços dos bens alimentares e energéticos volta a ser negativo, em média, para as famílias com rendimentos inferiores a 26 mil euros em 2021 (-2,4% e -1,0% do rendimento do respetivo quintil), mas é positivo nos restantes níveis de rendimento.

O que é certo é que “a capacidade de ajustamento deverá ser mais exigente” para as famílias endividadas que obtiveram em 2021 um rendimento disponível (excluindo juros) inferior, em média, a 18.500 euros anuais, diz o supervisor português. “Ainda assim, a taxa de esforço destas famílias é de 22,7% em 2021, permanece estável em 2022 (22,6%), subindo apenas ligeiramente, menos de 2 pontos percentuais, para 24,4% em 2023”, referiu ainda.

Além disso, “as famílias com dívida têm uma situação no mercado de trabalho mais favorável e escolaridade mais elevada do que que as restantes nesse segmento. É possível também que este grupo de famílias tenha acumulado poupança durante a pandemia, num contexto de maior incerteza e limitações ao consumo de diversos bens e serviços, e beneficiando das medidas de apoio, em particular, das moratórias de crédito”, explica ainda o regulador liderado por Mário Centeno na mesma publicação.

Por outro lado, o BdP também conclui que as famílias portuguesas com menores rendimentos vão precisar de um novo apoio extraordinário em 2023 de quase 700 euros para compensar a subida das taxas de juro e inflação. Tendo por base a informação da Central de Responsabilidade de crédito (CRC), o BdP estima que cerca de 400 mil famílias recorreram a moratória, com um benefício médio por família de cerca de 3.700 euros. E, partindo esta análise, o regulador conclui que “as famílias com dívida do primeiro quintil necessitariam, para manter as quantidades de consumo de bens essenciais e o serviço de dívida, de um montante líquido adicional de 699 euros em 2023 face a 2021. Este valor corresponde a 19% do montante total de que as famílias beneficiaram, em média, com as moratórias”.

Crédito a taxa variável: famílias com menores salários pesam 8%

Do total das famílias com crédito habitação, cerca de 30% tem taxa de juro variável, diz BdP.

O governador do Banco de Portugal disse na sexta-feira, dia 16 de dezembro, que o impacto do aumento das taxas de juro nas famílias de menores rendimentos pode ser “um certo mito”, dado que representam apenas 8% das famílias com crédito a taxa variável.

“O efeito das taxas de juro nas famílias de menor rendimento pode ser um certo mito, que temos de alguma forma enquadrar”, disse Mário Centeno, em Lisboa, durante a apresentação do “Boletim Económico” de dezembro, do Banco de Portugal (BdP), que integra uma análise sobre o impacto da subida dos juros nas famílias.

Segundo a análise do supervisor bancário, do total das famílias com crédito à habitação, cerca de 30% tem taxa de juro variável.

Destes 30% de famílias com taxa variável, mais de metade pertence às famílias dos dois níveis com maiores rendimentos, enquanto apenas 8% pertence às famílias de menores rendimentos.

Em todas as faixas destes rendimentos, a pessoa de referência está empregada em pelo menos 85% das famílias e tem o ensino secundário ou superior em pelo menos 40%.

“No subconjunto de famílias com dívida a taxa de juro variável, a variação do rendimento em 2022 não é muito diferente, em euros, da do conjunto das famílias, mas a variação do serviço da dívida é, naturalmente, muito superior em todos os quintis”, assinala o BdP.

Na análise do supervisor, em 2023, entre as famílias com empréstimos a taxa variável, “não há diferenças assinaláveis entre os vários quintis na variação percentual do rendimento”, com 6,1% no primeiro quintil e 5,4% no último.

“Os resultados do exercício sugerem que a generalidade das famílias consegue manter um volume de consumo de bens essenciais igual ao de 2021 e satisfazer o serviço da dívida a partir do rendimento corrente, sem pôr em causa outro tipo de despesas”, explica.

A análise do BdP conclui ainda que, em média, as famílias com crédito a taxa variável com os rendimentos mais baixos detêm mais ativos reais e financeiros do que as da faixa de rendimento seguinte.

Destas, o representante de 40% das famílias de mais baixos rendimentos trabalha por conta própria e destes 70% são empregadores.

“Apenas 46% dos representantes das famílias com menos rendimentos são empregados por conta de outrem, o que contrasta com mais de 74% em todos os restantes grupos de rendimentos”, assinala.

O retrato das famílias com crédito a taxa variável revela ainda que a profissão mais frequente nas de menor rendimento é a dos dirigentes e membros de órgão estatutários (21%), enquanto nas famílias de rendimentos mais elevados é a de especialistas das atividades intelectuais e científicas (28% no 4.º e 43% no 5.º quintis).

O BdP indica ainda que estas famílias têm níveis de dívida semelhantes, entre 56 mil e 68 mil euros, exceto as da faixa de rendimento mais elevado, com 83 mil.

Em média, as famílias com taxa de juro variável têm prestações anuais próximas dos 4.500 euros (do 1.º ao 4.º quintil), pelo que as taxas de esforço face ao rendimento disponível são “baixas”: 23% para as de menores rendimentos (18 mil euros), caindo até 9,4% para as de maior rendimento.

Ceia de Natal: comer bem à mesa e poupar com certeza

É possível ter uma ceia recheada e não gastar muito dinheiro. Confere as dicas para poupares na tua ceia de Natal.

Para muitos o Natal significa presentes, momentos de convívio, comida e festa. No entanto, o cenário de inflação no qual o país se encontra atualmente não abona a favor das famílias. Os alimentos estão cada vez mais caros e a ceia de Natal pode mesmo ser responsável por uma grande fatia destas despesas de Natal.

É necessário arranjar estratégias, ser criativo para poupar e ao mesmo tempo manter  o espírito do Natal. Neste artigo damos-te algumas dicas de como fazer uma ceia de natal com pouco dinheiro, porém sem perder a tradição.

Preparar a ceia de Natal: o primeiro passo é o definir orçamento

Definir um limite para o que queres gastar é essencial para poupares na ceia de Natal. Já é meio caminho andado para não gastares mais do que a tua carteira deixa. Um truque é tentar pagar estas despesas com dinheiro para te certificares que manténs o teu orçamento.

Elaboração do menu para a ceia de Natal

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Elaboração do menu para a ceia de Natal

Outro ponto importante nesta fase inicial de preparação da consoada de Natal é a elaboração do menu. Muitas vezes, numa tradicional ceia de natal portuguesa, temos vários menus: para quem não gosta de bacalhau, para quem gosta de bacalhau e o menu das crianças. São tantos pratos, que no final resume-se a mais despesa e requer mais trabalho. Por isso, tentar elaborar um menu que agrade a todos é o ideal.

Opta também por pesquisar receitas de comida para ceia de natal fáceis e baratas, mas bastante deliciosas. Evita realizar receitas que precisem de ir ao forno.

Ceia de Natal 2022: como aproveitar as promoções?

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Ceia de Natal 2022: como aproveitar as promoções?

Estar atento às promoções e comprar com antecedência tudo o que for possível como, por exemplo, bebidas, farinha, aletria ou ovos, ou seja coisas que tendem a ser mais caras, à medida que nos aproximamos do Natal. Ao planear tudo com tempo, podes aproveitar as oportunidades que surgem ao longo do ano e ir comprando aos poucos. Certamente que quando chegar a hora, vais poupar na ceia de Natal.

Outro aspeto importante que pode ajudar a poupar, é comparares preços, normalmente os supermercados lançam várias campanhas de Natal de forma a disputar a atenção do consumidor. Por isso, não fiques apenas por um supermercado e compara as ofertas.

Outra sugestão, por vezes no mercado tradicional conseguimos achar melhores negócios para a consoada de natal, do que nas grandes superfícies.

Na ceia de natal deste ano, tenta evitar no excesso de doces

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Ceia de Natal: atenção aos excessos

Natal sem doces não é Natal, é o que deves estar a pensar. Pois bem, a ideia não é de todo eliminar totalmente os doces típicos do Natal: rabanadas, leite-creme, lampreia de ovos, papos de anjo, tronco de Natal e entre outros.

Ainda assim, podes e deves reduzir as quantidades destes produtos, visto que alimentos como o açúcar, óleo, farinha e ovos por exemplos aumentaram bastante os preços com a inflação. Por isso, aposta em dois ou três doces típicos e desta forma poupas dinheiro, a tua saúde agradece e evitas o desperdício.

Nesta ceia de Natal, promove a partilha e divisão de tarefas

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Nesta ceia de Natal, promove a partilha e divisão de tarefas

Por muito que tentemos fugir à tentação, na ceia de Natal acabamos por ter uma mesa cheia de petiscos, muitas vezes em excesso. No fim, acaba por sair caro e no final do mês, a nossa carteira não gostou assim tanto.

Se vais reunir muitas pessoas, pondera partilhar e dividir as tarefas e encargos, ou seja, cada um pode levar algo e assim contribuir para compor a ceia de Natal. Então, a avó pode levar umas suas sobremesas deliciosas, o tio fica encarregue de trazer o vinho e os primos ficam encarregues das entradas, por exemplo. Quando reparares, existe uma mesa bem composta. Dividindo por todos, poupamos tempo, trabalho, dinheiro e conseguimos uma ceia de natal fácil e barata.

Governo vai pagar novo apoio de 240 euros a famílias vulneráveis

De acordo com o primeiro-ministro, António Costa, este apoio começa a ser pago no dia 23 de dezembro, até ao final do ano.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quarta-feira, 14 de dezembro, o pagamento de uma prestação extraordinária de 240 euros para um milhão de famílias que recebem prestações mínimas ou que beneficiem da tarifa social da energia.

A medida será aprovada em Conselho de Ministros na quinta-feira, 15 de dezembro, e foi anunciada durante uma entrevista à revista Visão. “Esta semana, o Conselho de Ministros vai aprovar um outro aumento, para as famílias mais vulneráveis, de uma prestação extraordinária de 240 euros, que corresponde a um esforço muito grande, tendo em conta aquilo que foi a evolução da inflação neste segundo semestre”, revelou o chefe do Governo à Visão.

De acordo com António Costa, este apoio começa a ser pago no dia 23 de dezembro, até ao final do ano. “A inflação é muito desigualitária nos seus efeitos”, argumentou o líder do executivo, salientando que “os preços têm subido para todos”, mas nem todos têm “a mesma capacidade de acomodar a subida dos preços”.

Este novo apoio extraordinário abrange o mesmo universo de pessoas que já foram contempladas em duas prestações extraordinárias este ano, em duas tranches de 60 euros cada, no final dos primeiro e segundo trimestres, acrescenta a Visão no artigo que acompanha o trecho da entrevista hoje revelado.

Trata-se dos cidadãos abrangidos pela tarifa especial de eletricidade ou por prestações mínimas, sendo consideradas prestações sociais mínimas:

  • o complemento solidário para idosos;
  • o rendimento social de inserção;
  • a pensão social de invalidez do regime especial de proteção na invalidez;
  • o complemento da prestação social para a inclusão;
  • a pensão social de velhice e o subsídio social de desemprego.
Sonae vende Continente do Colombo a fundo alemão Union Investment

Em causa está um ativo que ocupa uma área total de 23.445 m2, sendo que o Continente continuará a ser operado pela Sonae MC.

O imóvel onde funciona o hipermercado Continente no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, mudou de mãos, tendo sido vendido pela Sonae ao fundo alemão a Union Investment, um dos maiores investidores imobiliários na Europa.

Sem revelar o valor da transação, a consultora Cushman & Wakefield (C&W), que assessorou a entidade compradora, adianta, em comunicado, que o Continente Colombo continuará a ser operado pela empresa de distribuição alimentar Sonae MC. Em causa está um ativo que ocupa uma área total de 23.445 metros quadrados (m2). 

“O imóvel adquirido é parte do centro Colombo, que abriu em 1997, tem mais de 300 lojas e é o centro comercial dominante e mais visitado em Portugal”, lê-se na nota. 

Citado no documento, Tiago Pereira, Consultor Sénior no Departamento de Investimento da C&W, disse que a aquisição “permite à Union Investment continuar a estratégia de diversificação do seu portefólio imobiliário na Península Ibérica”. 

De acordo com a consultora, esta aquisição combina as duas áreas em que está focada a estratégia de investimento em retalho da Union Investment: retalho ancorado por um operador alimentar e centros comerciais prime. 

Este é, de resto, o primeiro investimento da Union Investment num ativo de retalho em Portugal. Laura Roll, investment manager do Union Investment, disse, também em comunicado, que esta transação é “uma grande oportunidade para diversificar, de futuro, o portfólio de ativos” do fundo na Península Ibérica.

Teletrabalho e apagar montras: medidas do Governo para poupar energia

Plano de Poupança de Energia 2022-2023 já foi publicado em Diário da República. E traz novidades para famílias e empresas.

O espaço europeu está a enfrentar uma crise energética sem precedentes, desencadeada pela guerra da Ucrânia, que se reflete nos preços, na oferta e na economia. Para assegurar a segurança do abastecimento de energia em caso de futuras disrupções, e tentar travar a escalada no custo da energia, o Governo português desenhou um conjunto de medidas no sentido de maximizar a poupança de energia no país. O chamado Plano de Poupança de Energia 2022-2023 foi publicado em Diário da República esta terça-feira, dia 27 de setembro, e traz um conjunto de novidades para pôr em prática e começar já a reduzir os gastos energéticos.

Este plano de poupança de energia é um dos instrumentos que responde ao repto da redução voluntária de 15% do consumo energético lançado aos Estados-membros da União Europeia. Mas recorde-se que, no caso português, existem derrogações que permitem reduzir a percentagem de redução obrigatória para 7%, até porque possui interligações limitadas.

A resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2022, agora publicada, refere que este novo plano tem como prioridades “a poupança energética, a aceleração da transição para as energias renováveis, a diversificação do aprovisionamento energético e a combinação inteligente de investimentos e reformas”, lê-se em comunicado publicado pelo Governo.

E são várias as medidas que o Plano de Poupança de Energia 2022-2023 possui neste sentido e que vão abranger os setores da administração pública central (de caráter obrigatório), da administração pública local e o privado (incluindo indústria, comércio e serviços e cidadãos). As iniciativas de poupança de energia orientadas para as autarquias e para os privados são de caráter recomendado.

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Poupança de energia em Portugal: o que vai mudar?

Estas são as principais medidas recomendadas pelo Governo para que as famílias, lojas e indústria adaptem os seus comportamentos e contribuam para a redução do consumo de energia, pelo menos, nos próximos três meses. E há ainda medidas ajustadas pela administração pública central e local que vão mexer com a vida das famílias.

Como reduzir o consumo de energia na iluminação

  • Desligar iluminação interior de carácter decorativo de edifícios a partir das 22h00 no período de inverno e a partir das 23h00 no período de verão;
  • Desligar iluminação exterior de caráter decorativo dos edifícios a partir das 24h00, salvaguardando questões de segurança;
  • Administração pública central e local deve ajustar os períodos de utilização da iluminação natalícia para o horário entre as 18h00 e as 24h00 de 6 de dezembro de 2022 a 6 de janeiro de 2023.
  • Desligar iluminação de montras e similares após o encerramento do estabelecimento;
  • Desligar a iluminação interior de uma divisão sempre que o espaço não esteja em utilização;
  • Maior utilização de luz natural, através dos vãos envidraçados, claraboias;
  • Adequação da intensidade da iluminação às necessidades dos utilizadores dos espaços.
  • Substituição da iluminação interior/exterior por iluminação de tecnologia LED de alto desempenho energético.
  • Centro comerciais devem ainda desligar iluminação de reclames após as 23h00 e de fachadas após as 24h00 e ajustar a iluminação das lojas e do parqueamento interior ao mínimo possível;

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Poupar energia na climatização dos espaços

  • Regulação das temperaturas dos equipamentos de climatização interior, para o máximo de 18°C no inverno e o mínimo de 25°C no verão;
  • Manter portas e janelas fechadas sempre que estiver sistema de climatização ligado, incluindo para edifícios de comércio e serviços sempre que tenham espaços com entrada direta para a rua;
  • Esplanadas: sistemas de aquecimento a gás ou do tipo ar-condicionado/bombas de calor devem estar desligados;
  • Desligar ar condicionado ou outros sistemas de climatização sempre que não estão a ser utilizados.

Teletrabalho ajuda a reduzir consumo de energia

  • Adoção de práticas de gestão dos recursos humanos que permitam a redução dos consumos energéticos (por exemplo, avaliando as poupanças energéticas do recurso ao teletrabalho), sempre que viável. Esta é uma medida também incluída na administração pública central e local;
  • Ações de informação no âmbito das poupanças associados ao consumo energético, bem como das deslocações casa-trabalho-casa.

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Piscinas e complexos desportivos: medidas para reduzir o consumo energético

  • Regulação da temperatura da água de piscinas interiores para 26°C e diminuição de 2°C na temperatura de aquecimento ambiente onde se inserem as piscinas cobertas (para 28°C);
  • Regulação da temperatura dos Sistema de Água Quente Sanitária (AQS) para as recomendadas no Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE), sem comprometer a manutenção dos sistemas nem as medidas necessárias a evitar a legionella;
  • Regulação do caudal das torneiras e chuveiros para assegurar as necessidades sem desperdício de água;
  • Reforço da manutenção periódica preventiva dos sistemas, incluindo dos isolamentos de redes de calor;
  • Privilegiar a utilização de energias renováveis no aquecimento de água (piscinas, banhos e climatização);
  • Aproveitamento das águas dos banhos para sanitários;
  • Formação complementar para Técnicos de Gestão de Energia no âmbito da elaboração do plano de otimização energética, incluído a metodologia de abordagem transversal.

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Poupança de água para assegurar eficiência hídrica

  • Redução do tempo de água corrente de banhos e duches e adequação da temperatura da água do sistema de aquecimento à estação do ano;
  • Utilização de estratégias de aproveitamento da água de banhos e duches, até que a temperatura ideal seja atingida;
  • Minimização do número de utilizações da máquina de lavar roupa e máquina de lavar louça, utilizando a sua capacidade máxima;
  • Redução da quantidade de água utilizada na lavagem de pavimentos;
  • Minimização do número de lavagens de veículos;
  • Adoção de estratégias de redução do consumo de água nos sanitários através da adoção de mecanismos de descarga dupla e diminuição do volume disponível dos reservatórios;
  • Programação da rega para horários de menor evaporação, ligando depois das 20h00 no período de verão e das 17h00 no período de inverno;
  • Correção da orientação dos dispositivos de água colocados em jardins de forma a eliminar desperdícios de água;
  • Aproveitamento de águas pluviais ou de outras proveniências para regas e lavagens, sempre que possível;
  • Promoção da plantação de espécies com baixa necessidade de rega, apropriadas ao clima e terra.

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Fontes renováveis e eficiência energética: como aumentar a oferta?

  • Fomentar a produção local de eletricidade através de sistemas de aproveitamento de fontes de energia renovável;
  • Formação e acreditação complementar para Técnicos de Inspeção de Sistemas Técnicos no âmbito da elaboração de inspeções a sistemas solar térmicos com área de captação ≥ 15 m2 e sistemas fotovoltaicos, efetuar a determinação da eficiência da instalação e propor medidas de eficiência energética.

Estas medidas de redução de consumo energético se complementam e não se sobrepõem às medidas de implementação já existentes em instrumentos de política pública em vigor, como por exemplo o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030) e a Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE), que também contribuem para a redução do consumo de energia, refere o documento.

Projeto quer dar nova vida ao sargaço da Póvoa de Varzim e Vila do Conde

 O projeto de valorização do sargaço ValSar foi apresentado nesta quarta-feira no Centro Póvoa Empresas. Pretende dar uma nova vida a esta biomassa menos aproveitada nos dias de hoje, através da análise das potencialidades do sargaço recolhido na Póvoa de Varzim e Vila do Conde para a criação de produtos para uso agrícola para além de fármacos e cosméticos.Como explica Cristina Rocha, a investigadora coordenadora do projeto, o objetivo é a “produção de bioestimulantes e biofertilizantes para aplicação na agricultura, para melhoramento da geminação e crescimento de culturas, e também para o setor farmacêutico e cosmético, no qual vamos tentar identificar que propriedades que esta mistura de algas tem e que possa ser utilizada futuramente aplicada em produtos de valor comercial para o cuidado da pele”.Até ao final deste ano, os resultados finais devem ser divulgados. A partir daí, podem surgir oportunidades de negócio para promover esta prática antiga de recolha do sargaço – e, de acordo com Cristina Rocha, já há uma empresa norueguesa interessada no projeto.Aires Pereira, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, sublinhou a importância da ideia, que reaproveita algo de que “todos nós nos queixamos enquanto utentes da praia, da enorme presença de algas que são um recurso natural e que tem outras utilizações que não só a agricultura”.“Já tínhamos identificado esta oportunidade no nosso plano estratégico”, avançou o edil, adiantando que as instalações da antiga fábrica A Poveira poderão até albergar “um laboratório que possa desenvolver estas novas tecnologias ligadas à economia azul”.Até ao final deste ano, os resultados finais devem ser divulgados. A partir daí, podem surgir oportunidades de negócio para promover esta prática antiga de recolha do sargaço – e, de acordo com Cristina Rocha, já há uma empresa norueguesa interessada no projeto.Aires Pereira, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, sublinhou a importância da ideia, que reaproveita algo de que “todos nós nos queixamos enquanto utentes da praia, da enorme presença de algas que são um recurso natural e que tem outras utilizações que não só a agricultura”.“Já tínhamos identificado esta oportunidade no nosso plano estratégico”, avançou o edil, adiantando que as instalações da antiga fábrica A Poveira poderão até albergar “um laboratório que possa desenvolver estas novas tecnologias ligadas à economia azul”.

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias