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Uma viagem gastronómica pela Páscoa portuguesa

A Páscoa está mesmo há espreita e se há quem não ligue muito a esta tradição, há também quem prepare uma ementa especial para o dia. São várias as tradições que de norte a sul do país, durante a Semana Santa, quando se preparam pratos típicos na esperança de juntar à mesa pequenos e graúdos. Se por outro lado, preferes aproveitar o fim de semana prolongado para uma escapadinha em família, este artigo também é para ti.

Preparámos uma viagem gastronómica, deliciosa e tradicional para que não percas nenhuma das iguarias que caracterizam a Páscoa em Portugal e para descobrires as tradições que se praticam nesta quadra em que o famoso coelho da Páscoa traz ovos de chocolate aos quais é difícil resistir.

De região em região, todas as receitas têm algo em comum: a abundância de comida e a alegria de quem os saboreia. E, nas mesas portuguesas existe um pouco de tudo, desde enchidos, a licores, cordeiro, até à tradicional bola e a pratos doces que ajudam a celebrar o final da Quaresma.

Descobre estes sabores, experimenta as suas receitas e deixa que estes pratos tradicionais ajudem a que a tua Páscoa 2023 seja especial. 

Minho

Cabrito assado tradicional

O cabrito assado tradicionalmente servido na Páscoa Wikipedia

No Minho, no norte do país, as celebrações são, normalmente, dirigidas pelo Compasso, um grupo guiado pelo padre local, que passa por todas as casas oferecendo a benção da cruz. A Páscoa é tão levada a sério que os habitantes preparam quase verdadeiros banquetes acompanhados de uma decoração de mesa alusiva à época. 

Se fores de viagem, ou estiveres perto da zona do Minho, poderás deliciar-te com um saboroso cabrito assado, bolas de carne e até mesmo o folar, feitos com uma massa recheada com diferentes carnes. Como é comum a quase todo o Norte, irás deparar-te com uma mesa farta que te deixará água na boca.

Trás-os-Montes

Folar de Chaves

Folar recheado de carne e enchidos Wikipedia

Pensar na Páscoa em Trás-os-Montes leva-nos imediatamente a pensar na estrela da festa desta região: os folares. Para além de outras iguarias como o borrego, cordeiro ou cabrito, a verdade é que nesta região os folares batizados com o nome de origem da sua produção, como por exemplo, o folar de Chaves, de Mirandela, entre outros são o grande foco de atenção. 

O melhor de tudo é poderás escolher entre uma grande variedade de folares de carne. Tens à tua disposição vários formatos, receitas de massa e até mesmo recheios. Quem disse que não se pode agradar a Gregos e Troianos? 

Aproveita a passagem por Trás-os-Montes e não deixes de dar um passeio em família para apreciar as paisagens maravilhosas da região. 

Beiras

Ovos da páscoa

Pixabay

O folar é preparado com funcho e canela e decorado com ovos cozidos ou pintados de desenhos coloridos. Na Covilhã, além do tradicional folar, cozinham broinhasbolos de azeite e as empanadilhas da Páscoa, pequenos doces em forma de meia lua, recheados de amêndoas e nozes. Para comer e chorar por mais!

Mas não podemos esquecer o famoso enterro do bacalhau para celebrar o fim das privações da Quaresma, nomeadamente comer carne. Por isso mesmo, depois deste evento teatral que ocorre em várias regiões do país, nas Beiras encontrarás uma mesa com leitão assado e claro, bacalhau.

Com tantos pratos deliciosos, qual vais escolher para cozinhar durante a tua Páscoa caseira?

Alentejo

Piquenique no campo

Pixabay

No Alentejo a Páscoa é uma das épocas mais queridas e os alentejanos fazem por manter vivas as suas tradições centenárias onde celebram a ressureição de Jesus Cristo. Esta época é vivida com muita alegria e são mesmo vários os eventos que ocorrem em diferentes cidades com uma programação especial como missas e festejos e até concertos musicais.

Além disso, durante estas festividades é comum realizar-se um piquenique no campo com os sabores da cozinha tradicional e as planícies verdejantes como pano de fundo. No que respeita à gastronomia poderás deparar-te com o típico borrego e vários ensopados. Também aqui o folar e os ovos da Páscoa são presença obrigatória.

Algarve

Doces do Algarve

Unsplash

No Algarve muitos dos pratos de Páscoa são semelhantes aos que se prepararam de norte a sul, mas um deles tem uma receita alternativa muito interessante. Aqui, o folar foge à tradição e chama-se folar de folhas, preparado com canela, açúcar amarelo, limão e manteiga.

Também pelas aldeias e cidades do Algarve poderás deparar-te com diversos festejos que vão desde missas e procissões até feiras de artesanato e feiras alusivas ao folar onde encontrarás produtos típicos da região que poderás degustar como por exemplo, doces regionais, pães, mel e até mesmo licores locais. As celebrações são normalmente acompanhadas por espetáculos musicais.

Dependendo da zona que escolhas poderás aproveitar o fim de semana prolongado para adicionar um pouco de aventura à tua Páscoa, sendo mesmo possível realizar passeios de barco para ver golfinhos, pescar, experimentar fazer snorkelling, entre muitas outras coisas!

A Páscoa por todo o país​​​​​​​

Amêndoas doces

As amêndoas são um dos doces mais típicos da Páscoa Pixabay

Além dos pratos típicos salgados e doces que podemos encontrar em cada região, existem pequenas tradições que são comuns a todo o país e que giram à volta de dois elementos: o chocolate e as amêndoas.

Durante a Páscoa, as famílias mimam os mais pequenos com a caça aos ovos de chocolate (desde tamanhos minúsculos a ovos gigantes) que normalmente acontece na manhã ou tarde do almoço de Páscoa em que os mais velhos escondem os ovos e os mais pequenos têm de os encontrar, num verdadeiro estilo de caça ao tesouro.

As figuras de chocolate, como por exemplo o famoso Coelhinho da Páscoa, e amêndoas Também não podem faltar. De acordo com a tradição, estas últimas deveriam ser a prenda ou o “folar” oferecido pelos padrinhos aos seus afilhados.

Agora que já conheces algumas tradições, mesmo que não tenhas planos para viajar na Páscoa, aproveita e experimenta fazer algumas destas iguarias e impressiona toda a família!

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias

Investidores norte-americanos lideram negócio imobiliário em Portugal

As condições reuniram-se na última década para que os fundos internacionais passassem a apostar todas as fichas no mercado imobiliário português, de tal modo que em 2022 lideraram as transações de imóveis. No topo da lista estão os investidores oriundos dos EUA, país que está no olho do furação da atual crise financeira.

Foram os apetecíeis preços dos imóveis em Portugal, combinados com uma alta liquidez do mercado, que levou os fundos estrangeiros a apostar em força no imobiliário do nosso país. Investiram tanto, que segundo o responsável pelos mercados de capitais da CBRE Nuno Nunes, “os fundos imobiliários têm uma quota de mercado dominante no mercado português”, que deverá ser superior a 85% nos últimos anos, cita o Jornal de Negócios.

A verdade é que não se sabe ao certo quanto é que representam os fundos de investimento no mercado imobiliário português, por vários motivos, aponta o mesmo jornal:

  • há muitos investidores internacionais (sem dados públicos para consulta);
  • investimentos são realizados por sociedades complexas, sendo difícil perceber quem foi responsável pelos mesmos (se são fundos ou outro veículo de investimento).

Ainda assim, os especialistas de mercado não têm dúvidas que os estrangeiros  – sejam fundos, gestoras ou outro tipo de sociedades – dominaram as operações imobiliárias no nosso país em 2022, refere a mesma publicação. E, em concreto, são os investidores norte-americanos que estão no topo da lista, colocando mil milhões de euros no mercado (cerca de 37% do total). A lista de maiores investidores do mercado imobiliário nacional é liderada pela Blackstone, que protagonizou a compra do portfólio Connect ao Novo Banco por 208 milhões de euros e ainda do portfólio Bond à M7 por 125 milhões.

Já aquela que foi a maior transação de sempre no mercado imobiliário português, a compra do projeto Crow por 800 milhões de euros, foi selada pelo fundo norte-americano Davidson Kempner.

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias

Quando muda a hora? No próximo domingo terás de acertar o relógio

No próximo fim de semana terás de acertar os relógios para o horário de verão. Sabe como aproveitar ao máximo a luz solar.

Passados seis meses desde o início do horário de inverno, chegou finalmente o momento de acertar o relógio para o horário de verão. Os relógios vão avançar todos uma hora este fim de semana e finalmente poderemos aproveitar melhor as horas de sol. 

Neste artigo, explicamos tudo o que precisas saber sobre a mudança de hora do próximo fim de semana e algumas dicas de como poderás beneficiar da alteração no teu dia a dia. 

Quando muda a hora em Portugal Continental e na Madeira?

mudança de hora

Unsplash

A tradição de mudança de hora mantém-se. Na madrugada do próximo domingo, dia 26 de março, entra em vigor o horário de verão em Portugal. Significa que vamos dormir todos menos uma hora, mas vamos ganhar mais sol e luz durante o dia. Desta forma, vais precisar de adiantar o relógio em 60 minutos à 1h da manhã, passando para as 2h. 

A regra aplica-se em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira que dispõem do mesmo fuso horário (GMT +0h00). 

Quando muda a hora nos Açores? 

A mudança de hora nos Açores também acontece no mesmo dia, 26 de março. 

A diferença é que vais ter de adiantar o relógio em 60 minutos à meia-noite da madrugada de domingo, passando assim para a 1h da manhã. Isto acontece precisamente pelo fuso horário da Região Autónoma dos Açores ser diferente ao de Portugal Continental e da Madeira (GMT -1 horas). 

Em Portugal, a mudança para o horário de verão acontece sempre no último domingo do mês de março. A alteração coincide com a chegada da nova estação, a primavera, e irá ajudar muitos portugueses a beneficiarem dos raios solares durante mais tempo.   

Quando acaba o horário de verão em Portugal?

O horário de verão permanecerá até ao final do mês de outubro, quando teremos novamente de mudar a hora para o horário de inverno. Nesse momento em vez de adiantarmos os ponteiros de relógio teremos de atrasá-los. 

Importa referir que, em 2018, a Comissão Europeia, revelou a sua proposta de acabar de vez com a mudança de hora, após uma consulta pública que contou com a participação de mais de 4,6 milhões de cidadãos europeus. No entanto, a proposta não foi colocada em prática, embora tivessem sido dada liberdade de escolha a cada Estado-membro da União Europeia para determinar os efeitos da possível abolição. 

Até não existirem novidades, continuarão as mudanças sazonais de hora em Portugal e pelo resto da Europa, que acarreta alguns benefícios, como poderás conhecer a seguir. 

A mudança de hora tem benefícios?

corrida ao ar livre

Unsplash

A primeira vez na história em que tivemos de mudar a hora e acertar os relógios aconteceu em 1916, ou seja, durante a Primeira Guerra Mundial. Nessa altura, havia que encontrar uma maneira de poupar nos recursos, como o carvão, e privilegiar a utilização de luz natural.

Hoje, com as consequências da Guerra da Ucrânia relativas ao setor energético, continua a ser pertinente para a Europa manter a mudança de hora. Se analisarmos bem, vamos perceber que quando é a mudança da hora de inverno para o horário de verão, o período de luz solar durante o horário de trabalho torna-se maior, portanto a maioria das pessoas estará a beneficiar de iluminação natural ao longo do seu dia, dispensando gastos desnecessários de eletricidade. 

Desta forma, quanto menos tempo deixares a luz ligada em casa ou no trabalho, estarás a poupar na fatura ao final do mês. Se, por algum motivo não conseguires aproveitar a luz do sol, deves apostar por sistemas de iluminação LED ou outros mais inteligentes, que garantam gastos mínimos na tua fatura.   

Dicas para aproveitar o horário de verão e os dias mais longos

Horário de verão

Pixabay

Com a mudança para o horário de verão os dias ficam mais longos e, por isso, mais convidativos para experiências ao ar livre. 

Conhece todas as atividades que poderás realizar para aproveitar melhor esta nova temporada fresca que se inicia: 

  • Praticar exercício físico: a escuridão do horário de inverno obriga-te a passar mais tempo em casa? Aproveita a mudança de hora para fazer caminhadas, passeios de bicicleta ou corridas pelos parques da tua zona ao final do dia. Deves aproveitar estes momentos em que o sol não é tão intenso e as temperaturas são bastante amenas para queimar algumas calorias; 
  • Piqueniques em família: no jardim, na montanha ou na praias, poderás aproveitar a o início do horário de verão para planear uma das atividades mais divertidas desta temporada. Prepara comida e bebida frescas e aproveita para colocar as conversas em dia; 
  • Clube de leitura no jardim: junta-te aos teus amigos para que iniciem a leitura de um livro ao mesmo tempo. Poderão aproveitar o entardecer no parque ou jardim para discutir um pouco sobre o enredo e as personagens; 
  • Passeios junto ao rio ou da praia: existem muitas coisas que poderás fazer junto a rios, lagoas ou próximo do mar. Como a água tem temperaturas mais agradáveis, poderás aproveitar para aprender a nadar ou para aprender a surfar; 
  • Espetáculos e concertos ao ar livre: esta é uma excelente razão para sair à rua e aproveitar o final de tarde para sessões de música no exterior. Consulta a agenda cultural da tua cidade para conhecer os artistas que vão subir ao palco;  
  • Viajar com mais frequência: os dias mais longos do horário de verão são suficientes para fazer viagens, sobretudo pelas cidades vizinhas. Viagens na natureza também são recomendadas, uma vez que poderás percorrer algumas trilhas ou acampar com mais horas de dia do que de noite. 

Se és daquelas pessoas que se esquece sempre de mudar a hora, podes ficar descansado pois a maioria dos telemóveis irá acertar o relógio automaticamente e será fácil não te desorientares. Depois terás só de acertar os relógios de ponteiros que possas ter e começar a sonhar com os dias quentes de verão. 

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias

Como ter a casa aquecida e livre de humidades sem gastar muitos euros?

eficiência energética e a sustentabilidade são temas que estão na ordem do dia. Importa saber, então, como é possível manter a casa aquecida e livre de humidades, que teimam em aparecer em todas as divisões da habitação devido ao frio. Mas de forma poupada, ou seja, tentando gastar pouco dinheiro, até porque vivem-se tempos de contenção. Neste artigo, explicamos-te como é possível pôr mãos à obra de forma a que te possas sentir mais confortável na tua própria casa.

As dificuldades no acesso à habitação e a poupança na fatura da energia, a par da melhoria no conforto térmico da casa, são temas que marcam a ordem do dia, no atual contexto de altos preços das casas, inflação elevada, subida das taxas de juro, perda do poder de compra e crise energética. Para ajudar os consumidores a garantir os seus direitos e melhorar as condições de vida, a Deco lançou o Balcão da Habitação e Energia, em parceria com os municípios, prestando apoio gratuito.

*Neste artigo preparado pela Deco para o idealista/news, o 14º e último elaborado no âmbito da parceria, falamos sobre a importância de manter a casa aquecida e damos algumas dicas de como é possível fazê-lo de forma económica e amiga do ambiente. Toma nota.  

Estamos a atravessar mais uma vaga de frio em todo o país. O que posso fazer, como medidas de baixo custo e de eficiência energética, para manter a casa aquecida e protegida da humidade? 

Sem gastares muito dinheiro, usando materiais comuns e que não obrigam a conhecimento técnico, aconselhamos-te a arregaçar as mangas e a dar largas ao teu talento em bricolage. 

Melhorar o isolamento

Em primeiro lugar, investiga se em casa existem infiltrações de ar. Sentes correntes de ar, tens algumas divisões da casa especialmente frias (e no verão quentes!), detetas sinais visíveis de bolor ou manchas de condensação? Sim? Está na hora de colocar o plano de reparações no terreno!

Procura no mercado os materiais que podes utilizar para reparar essas infiltrações: fita de calafetagem, vedantes e juntas de espuma. Encontrá-los-ás em qualquer loja de bricolagem ou materiais de construção

  • Fita de Calafetagem 

Substituindo as fitas de vedação gastas e/ou aplicando novos materiais, como fita de calafetagem, nos lados interiores da janela ou no caixilho da porta eliminarás as correntes de ar. Depois disso, faz o teste com uma folha de papel para avaliar se o fizeste corretamente ou se precisas de aplicar algum material adicional.

  • Vedante

Na tua avaliação das divisões da casa, se tiveres descoberto pequenos espaços entre os materiais de construção, por exemplo, entre as paredes (exteriores) e os caixilhos das janelas ou portas, as tábuas de base e afins, podes aplicar dois tipos de vedantes nas fendas: vedante de silicone ou espuma de pulverização. Podes sempre solicitar o apoio da equipa da loja em que efetuares as tuas compras.

  • Juntas de espuma

 Se as correntes de ar da tua casa forem provenientes de tomadas elétricas tens uma solução igualmente fácil de executar. Basta retirar a chapa de cobertura e verificar o que está por detrás dela. Caso existam aberturas, experimenta aplicar uma junta de espuma para vedar a fuga.

Humidade e bolores nas paredes? Como eliminá-los e manter a casa confortável

Foto de Rich @ rhubbardstockfootage na Unsplash

Com estas reparações, certamente sentir-te-ás mais confortável em casa. Para a aqueceres e manteres dessa forma, deixamos-te algumas dicas:

  • Liga o aquecimento apenas quando precisares dele e para que o ambiente fique agradavelmente quente. Alertamos para o facto de se se ligar o termóstato em temperaturas mais altas no início não significa que se consiga aquecer a sala mais rapidamente, apenas conseguirás gastar mais energia e dinheiro.
  • O radiador e o termóstato do aquecedor devem estar sempre desobstruídos. Se estiverem “tapados” pelos cortinados ou móveis o ambiente não aquecerá adequadamente. Acresce que se consumirá muito mais energia.

Não te esqueças de consultar a etiqueta energética no momento da escolha e compra dos aparelhos de aquecimento.

Vem ter connosco ao Balcão de Habitação & Energia, podemos ajudar-te a encontrar as melhores soluções de aquecimento, eficiente e com menor custo.  

E no teu município existe o balcão? Informa-te e solicita este serviço!

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias

Comprar ou arrendar casa? Respostas a uma pergunta sempre difícil…

Há vários fatores a ter em conta, sendo fundamental fazer uma boa análise à situação financeira atual e a médio prazo.

Comprar ou arrendar casa? Esta é a pergunta que muitas pessoas colocam no momento de, por exemplo, saírem de casa dos pais. E a resposta não é fácil de dar, não é taxativa, havendo vários fatores a ter em conta na hora de tomar uma decisão. Uma coisa é certa, os preços das casas subiram muito nos últimos tempos, bem como as rendas pedidas pelos senhorios aos inquilinos, o que não ajuda, de certa forma, a fazer a escolha. Neste artigo tentamos, com a ajuda da Deco, indicar-te um caminho. 

As dificuldades no acesso à habitação e a poupança na fatura da energia, a par da melhoria no conforto térmico da casa, são temas que marcam a ordem do dia, no atual contexto de altos preços das casas, inflação elevada, subida das taxas de juro, perda do poder de compra e crise energética. Para ajudar os consumidores a garantir os seus direitos e melhorar as condições de vida, a Deco lançou o Balcão da Habitação e Energia, em parceria com os municípios, prestando apoio gratuito.

Comprar casa: o que há a saber e o que se deve ponderar?

Comprar casa é o sonho de muitos consumidores, mas está longe de ser um sonho tranquilo. Sobretudo porque, e com quase toda a certeza, terás de recorrer a crédito habitação, enfrentando assim um processo moroso, burocrático e que exige que tenhas uma boa almofada financeira para os custos envolvidos. Mas daqui decorre a principal vantagem de comprar casa: a possibilidade de ires pagando um ativo que no final do contrato fará parte do teu património.

O primeiro aspeto a ter em conta é a tua situação financeira. Optar pela compra de casa passa pela avaliação dos teus rendimentos: estão garantidos ou são muito voláteis? Precisarás de ter uma reposta firme, pois o cumprimento das prestações do crédito habitação não pode ser deixado para trás. 

Depois calcula a tua taxa de esforço, sendo que só deverás equacionar a compra quando a mesma não ultrapassar os 35%. Para executares este cálculo, deves contabilizar todas as prestações de crédito que tenhas e não apenas o crédito habitação.

Feita esta reflexão, se obtiveres sinal verde avança, mas certo de que os bancos apenas emprestam 90% do valor da casa, alguns vão mesmo só até aos 80%, por isso precisas de uma entrada inicial para concretizar o negócio. Nada invalida que apresentes um maior valor de capital e peças um valor financiamento mais baixo. Quanto maior for a parcela de capitais próprio, mais baixo pode ser o valor de spread que o banco te apresenta.

E a entrada não é o único valor que precisas de ter disponível na compra. Necessitas ainda de orçamento para suportar as despesas com a escritura e o registo da habitação, com o imposto de selo e com o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT). Isto para concretizar o negócio, pois para a análise do processo de financiamento com o banco terás de ainda de suportar comissões de abertura de dossier, de avaliação, de solicitadoria e outras.

Uma vez proprietário, terás de cumprir outras obrigações, como o pagamento da quota do condomínio, os seguros, por exemplo o multirrisco e de vida, e o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

Comprar ou arrendar casa, o que é melhor?

Foto de Timon Studler na Unsplash

Arrendar casa: o que há a saber e o que se deve ponderar?

Sobretudo para os mais jovens, que ainda não tiveram oportunidade de amealhar o suficiente para uma entrada inicial do crédito e para os custos inerente ao processo, arrendar casa pode ser a solução. Os consumidores que não querem encargos além da renda podem ter aqui para a sua saída.  

Se tens uma vida profissional que implica constantes mudanças, nomeadamente geográficas, poderás ter no arrendamento a melhor solução, já que o processo de sair de uma casa e arrendar outra é muito mais simples que o processo de compra e venda.

Embora, à partida, pareça mais vantajoso ., precisas de estar ciente de que sendo inquilino ficarás dependente da vontade dos senhorios em renovar ou não contratos. Mais, estarás limitado da autorização do senhorio para realizar obras e remodelações na casa, facto que, a longo prazo, pode significar tanto investimento como na compra de uma casa.

Em termos de planeamento financeiro, o arrendamento exigirá da tua parte alguma análise à tua situação financeira, por um lado, porque é comum serem solicitadas algumas rendas em adiantado, como garantia do bom cumprimento do contrato. E por outro, porque face ao preço médio do mercado de arrendamento, sobretudo nos territórios com grande pressão populacional, este requisito representa algum poder financeiro, ainda assim menor do que a entrada de capital na compra de uma casa.

Ser proprietário ou ser inquilino?

Foto de Hadija Saidi na Unsplash

Comprar ou arrendar casa? As conclusões

Resumindo, tanto na compra como no arrendamento da casa existem vantagens e desvantagens. A tua decisão deve passar sempre por fazer uma boa análise à situação financeira atual e a médio prazo e consciente das obrigações que cada negócio acarreta.

Obras em casa para renovar a vida: o que é preciso ter em conta?

A Deco tem um novo Balcão de Habitação e Energia em parceria com os municípios.

Fazer obras de remodelação da cozinha, sala ou até da casa de banho é, para muitos, uma lufada de ar fresco, que traz nova vida à casa. E muitas vezes ajuda a melhorar o conforto térmico da habitação. Mas para avançar com obras em casa há muitos aspetos a ter em conta, desde a contratação do empreiteiro até à conclusão dos trabalhos. Se pretendes renovar a tua casa ou fazer pequenas obras de conservação, fica a saber todos os cuidados que deves ter.

As dificuldades no acesso à habitação e a poupança na fatura da energia, a par da melhoria no conforto térmico da casa, são temas que marcam a ordem do dia, no atual contexto de altos preços das casas, inflação elevada, subida das taxas de juro, perda do poder de compra e crise energética. Para ajudar os consumidores a garantir os seus direitos e melhorar as condições de vida, a Deco lançou o Balcão da Habitação e Energia, em parceria com os municípios, prestando apoio gratuito.

Remodelação de casas

Foto de Tima Miroshnichenko no Pexels

Que cuidados deves ter na contratação da empreitada?

Se queres mesmo avançar com uma obra de renovação ou conversação da tua casa deverás, desde logo, contactar vários empreiteiros para pedir orçamentos. E poderás logo pedir para que comuniquem todos os detalhes da obra, como:

  • discriminar todos os trabalhos a executar e o preço a pagar por cada tarefa;
  • enviar informações sobre todos os materiais e respetivas marcas;
  • o prazo em que a obra deverá ser realizada;
  • a forma de pagamento da obra, esclarecendo se é necessário pagar um sinal, se o pagamento será fracionado, por fases de construção ou 50% no início e 50% no final, por exemplo.

Só depois de analisar e comparar atentamente todos os detalhes dos orçamentos é que estarás em condições de decidir qual será o empreiteiro que vais contratar para renovar a tua casa.

O que fazer antes de aceitar a obra concluída?

Depois de o empreiteiro informar que os trabalhos encomendados estão concluídos, o melhor mesmo é não aceitar a obra sem antes verificares se tudo o que estava planeado foi cumprido.

Podes confiar a tarefa da vistoria a peritos da tua confiança, se considerares que tal é necessário (os custos ficam a teu cargo), sendo que o empreiteiro também goza da mesma possibilidade. Além disso, não te esqueças de notificar o empreiteiro do resultado da peritagem.

Ignorar estes cuidados – peritagem e comunicação dos resultados – após a conclusão da obra, implica a tua aceitação. Em alternativa podes sempre acompanhar a execução dos trabalhos, durante as diferentes fases, em vez de deixares tudo para o final. Mas com a condição de não perturbar o normal andamento da empreitada.

Como contratar empreiteiro

Foto de Mikael Blomkvist no Pexels

O que fazer se forem detetados defeitos na obra depois de alguns meses da sua conclusão?

Se detetares um defeito nas obras realizadas, deves comunicar ao empreiteiro por escrito, através de carta registada com aviso de receção, para ficares com uma prova da denúncia do defeito.

Aqui há duas opções possíveis para resolver a questão do defeito encontrado na obra de renovação da casa:

  • Se os defeitos podem ser eliminados, então tens direito à sua correção;
  • Se for impossível corrigir os defeitos encontrados na obra, então podes exigir nova construção.

E se o empreiteiro não estiver disposto a resolver os defeitos da obra?

Se os defeitos não forem eliminados, nem a obra for executada de novo, é legítimo que proponhas a redução do preço ou até resolver o contrato de forma definitiva. A redução do preço deve traduzir-se na diferença em dinheiro entre a quantia acordada para a realização dos trabalhos e o valor estimado para a correção dos defeitos.

Se o construtor, após ter recebido a tua comunicação sobre o(s) defeito(s) não proceda à reparação, e não se consiga a resolução extrajudicial do conflito, poderás recorrer ao tribunal.

A obra tem algum tipo de garantia?

Quando no âmbito de um contrato de empreitada forem fornecidos bens de consumo, aplica-se a estes bens as regras da garantia legal, ou seja, têm três anos de garantia. Por exemplo, no caso de uma remodelação de uma cozinha, os eletrodomésticos fornecidos têm 3 anos de garantia. Importa não esquecer de exigir fatura, pois é, também, prova em caso de reclamação posterior.

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias

Isenção de mais-valias para amortizar crédito em vigor até 2024

Se o valor da venda da casa for superior ao necessário para amortizar o crédito, será sujeito a tributação no IRS, diz proposta.

Há novidades sobre a medida anunciada pelo Governo no pacote “Mais Habitação” que diz respeito à isenção de imposto sobre as mais-valias resultantes da venda de um imóvel caso o capital seja usado para amortizar um crédito habitação de uma casa própria e permanente do próprio ou de um descendente. Sabe-se, agora, que esta medida estará em vigor até ao final de 2024 e que a amortização do empréstimo terá de ser realizada num prazo de três meses depois da venda da habitação, revela a proposta de lei publicada na sexta-feira.

O Governo de António Costa publicou a proposta de lei do pacote “Mais Habitação” na passada sexta-feira, dia 3 de março. E nela incluiu vários detalhes sobre a isenção de imposto sobre mais-valias no caso da venda de um imóvel para amortização do crédito habitação.

De acordo com a proposta – que está em consulta pública até dia 13 de março -, são excluídas de tributação as mais-valias provenientes da venda de casas, desde que sejam verificados estas três condições:

  • o imóvel não seja destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar;
  • o valor de realização, deduzido da amortização de empréstimo contraído para aquisição do imóvel, seja aplicado na amortização de capital em dívida em crédito à habitação destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou dos seus descendentes;
  • a amortização seja concretizada num prazo de três meses contados da data de realização.

Ou seja, para usufruir da isenção do imposto sobre mais-valias terá de ser vendida uma casa não usada para habitação própria e permanente (como uma casa de férias ou uma casa herdada vazia) e usar o valor recebido da venda do imóvel para amortizar o crédito de habitação própria e permanente do proprietário ou dos seus descendentes.

Também se sabe agora que este benefício fiscal vai ser aplicado às “transmissões realizadas entre 1 de janeiro de 2023 e 31 de dezembro de 2024”, aponta a proposta de lei.

Valor remanescente da venda é sujeito a tributação de IRS

Por outro lado, sempre o valor obtido da venda da casa “for superior ao capital em dívida no crédito à habitação destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, o valor remanescente é sujeito a tributação de acordo com as disposições gerais do Código do IRS”, avançam ainda. Ou seja, 50% do valor remanescente das mais valias será tributado em IRS e será englobado, aplicando-se-lhe as taxas progressivas.

Para que o Fisco aceite a isenção, a amortização do empréstimo da habitação própria e permanente terá de ser “concretizada num prazo de três meses contados da data de realização”, detalha ainda o documento.

De notar ainda que “a Autoridade Tributária e Aduaneira pode exigir que os sujeitos passivos apresentem documentos comprovativos, após a entrega da declaração modelo 3 de IRS de 2023 e 2024, da amortização de capital em dívida em crédito à habitação destinado à habitação própria e permanente”.

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias

Apoio ao crédito habitação: bancos vão calcular bonificação dos juros

Banca vai calcular taxas de esforço e fazer o desconto direto nas prestações. Só depois é que o Estado irá ressarcir os bancos.

Para mitigar os efeitos da subida dos juros no crédito habitação, o Governo de António Costa desenhou um novo apoio que vem bonificar em 50% os juros dos empréstimos ao longo de 2023. Já se sabe que estas ajudas vão estar disponíveis às famílias com rendimentos até ao 6º escalão do IRS e créditos até 200 mil euros. E, agora, sabe-se ainda que vão ser os bancos a calcular as taxas de esforço e a descontar o apoio nas prestações da casa, que pode chegar até aos 720 euros por ano. Só depois é que as instituições bancárias vão ser ressarcidas pelo Estado.

No pacote de medidas “Mais Habitação”, António Costa desenhou um apoio concreto para as famílias que viram as prestações da casa subir a pique à boleia das taxas de juro. Trata-se de um apoio destinado aos titulares de crédito para aquisição de habitação própria permanente com montante em dívida inferior a 200 mil euros e celebrado até ao dia 31 de dezembro de 2022. Além disso, estas famílias deverão apresentar ainda rendimentos coletáveis até ao 6º escalão de IRS (38.632 euros).

Mas como é que será feita a bonificação dos juros? A ideia é bonificar os juros em 50% da diferença entre o indexante atual e o limiar (de 3%) utilizado para avaliação de solvabilidade no momento da contratação do crédito. E “serão os bancos a fazer as contas e a reduzir aquilo que é debitado aos clientes na prestação mensal. O Estado irá depois ressarcir o banco dessa diferença”, explicou o Governo num documento com perguntas e respostas sobre o pacote para a habitação, que está em consulta pública até ao dia 10 de março.

Portanto, são os bancos que vão calcular as taxas de esforço dos mutuários e verificar se as taxas de juro subiram acima do valor máximo a que foi sujeito o teste de stress. Os juros vão ser bonificados da seguinte forma, segundo já detalhou António Costa:

  • Para uma taxa de esforço entre 36% e 50%: apoio é igual a 50% da diferença entre o indexante atual e o limiar de 3% ou, se superior, limiar utilizado para avaliação de solvabilidade pelos bancos;
  • Para uma taxa de esforço igual ou superior a 50%: apoio é igual a 50% da diferença entre o indexante atual e o limiar de 3% (que correspondia ao indexante + 3 pontos percentuais).

O apoio recebido pelas famílias pode ir até aos 720 euros por ano (limite anual de 1,5 IAS) e será descontado diretamente pelos bancos nas prestações. Por exemplo, uma família que esteja a pagar um crédito habitação de 140 mil euros e tenha contratado com a Euribor a 12 meses de 0% (spread de 1%, prazo de 30 anos), agora viu o indexante subir para 3,6%. Aqui, a prestação da casa atual passou para 718 euros, tendo a taxa de esforço aumentado para 38%. Neste caso, o apoio será de 35 euros mensais (420 euros por ano), segundo os cálculos do Estado. Este apoio mensal será descontado na prestação da casa diretamente pelo banco ao longo de 2023. E só depois é que o Governo vai compensar as instituições bancárias face aos apoios atribuídos.

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias