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Mais-valias imobiliárias: Sabe em que casos tem direito à isenção deste imposto?

Quando vende um imóvel por um preço superior ao que o comprou, a mais-valia é o lucro gerado por essa venda, que tem de ser declarado no IRS. No entanto, em alguns casos, pode ter isenção do pagamento de imposto.

Aqui explicamos que há várias situações em que é possível beneficiar de uma exclusão de tributação:

  • Imóveis adquiridos antes de 1 de janeiro de 1989

Imóveis comprados antes desta data estão isentos de tributação, de acordo com o Código do IRS, evitando assim a retroatividade fiscal.

  • Reinvestimento do valor da venda em habitação própria e permanente

Se o valor da venda for reinvestido em outra habitação própria e permanente, a tributação das mais-valias pode ser dispensada. Isso inclui não apenas habitações, mas também terrenos para construção ou melhoramento de imóveis com o mesmo fim, tanto em Portugal como em países da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu.

  • Imóveis pertencentes a pensionistas ou maiores de 65 anos

Quando uma habitação própria e permanente é vendida por um pensionista ou pessoa com mais de 65 anos, a isenção é possível se o valor da venda for aplicado em produtos financeiros específicos nos 6 meses seguintes à venda.

  • Venda de segunda habitação e amortização de crédito

A venda de segundas habitações também pode ser isenta de imposto se o valor da venda for usado para amortizar um crédito de habitação própria e permanente do próprio, do seu agregado familiar ou dos seus descendentes.

  • Venda de habitações ao Estado

Mais-valias provenientes da venda de imóveis para habitação ao Estado, Regiões Autónomas, entidades públicas ou autarquias locais também estão isentas de imposto, com exceções específicas.

É importante observar que cada caso tem critérios específicos a serem cumpridos, como prazos para reinvestimento e documentação necessária. A não observância dessas condições pode resultar na tributação das mais-valias.

Retirado do Executivedigest – Adaptado por Dicas Imobiliárias

Juros no crédito habitação descem pela 1ª vez em dois anos para 4,641%

Também as prestações da casa diminuíram em fevereiro de 2024. Nos novos contratos, os juros desceram pela 4ª vez.

Os juros nos novos créditos habitação estão a descer há quatro meses consecutivos, tendo-se fixado em 4,197% em fevereiro. Agora, observa-se que as recentes descidas (ligeiras) da Euribor e as taxas mistas mais acessíveis também já estão a ter efeitos nos juros implícitos no total de empréstimos habitação existentes no país. Isto porque, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta taxa de juro diminuiu pela primeira vez desde março de 2022, para 4,641% em fevereiro de 2024. Esta descida dos juros também se refletiu nas prestações da casa.

“A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 4,641% em fevereiro, valor inferior em 1,6 pontos base (p.b.) face ao registado no mês anterior (4,657%), sendo a primeira descida registada desde março de 2022”, diz o INE no boletim estatístico divulgado esta segunda-feira, dia 18 de março.

Também para o destino de financiamento de aquisição de habitação – “o mais relevante no conjunto do crédito habitação” -, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu pela primeira vez desde março de 2022, para 4,606% (-1,7 p.b. face a janeiro).

Esta descida dos juros no total de empréstimos da casa teve um ligeiro impacto nas prestações da casa. “A prestação média registou a primeira redução desde fevereiro de 2021, fixando-se em 403 euros, menos 1 euro que em janeiro (…), o que traduz uma diminuição mensal de 0,2% (+1,0% no mês anterior)”, lê-se ainda na publicação.

Assim, se desagrega a prestação da casa registada em fevereiro deste ano (403 euros, em média):

  • Juros: correspondem a 248 euros (62% do total)
  • Capital amortizado: 155 euros (38%).

Esta ligeira descida dos juros e das prestações da casa no total de créditos habitação em vigor em Portugal pode ser explicada pelas recentes reduções das taxas Euribor, mas também pela maior contratação empréstimos a taxas mistas com juros mais baixos, pelo menos, no início do contrato. Mas, ainda assim, a prestação da casa continua a ser 25,2% superior à registada há um ano (mais 81 euros), numa altura em que os juros representavam apenas 41% do valor médio da prestação (322 euros).

De notar ainda que, em fevereiro de 2024, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 368 euros face ao mês anterior, fixando-se em 65.158 euros.

Novos contratos de crédito habitação: juros descem pelo 4º mês consecutivo

É precisamente nos novos contratos de crédito habitação que os recentes alívios da Euribor e as taxas mistas mais acessíveis têm tido um impacto mais imediato. E talvez por isso se verifique que “nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu pelo quarto mês consecutivo, passando de 4,315% em janeiro para 4,197% em fevereiro”, aponta o INE.

Também para o destino de financiamento de aquisição de habitaçãoa taxa de juro nos novos contratos registou a quarta redução consecutiva, diminuindo 11,5 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 4,182%.

Em resultado, o valor médio das prestações da casa nos créditos habitação celebrados entre dezembro e fevereiro desceu 11 euros face ao mês anterior, para 628 euros em fevereiro de 2024. Mas face há um ano esta prestação da casa continua a ser 10,4% superior.

“Para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio em dívida foi 124.216 euros, menos 994 euros que em janeiro”, referiu ainda o INE. Esta redução pode refletir a tendência de comprar casas mais baratas e pedir menos financiamento à banca, de forma a pagar menores prestações.



Retirado do Idealista - Adaptado por Dicas Imobiliárias
Ciclismo: Clássica da Primavera percorre concelho da Póvoa de Varzim a 3 de março

Já há percurso e cartaz da Clássica da Primavera em ciclismo que irá decorrer no próximo dia 3 de março. Será a 27ª edição de uma das clássicas mais antigas de Portugal, na distância de 145 quilómetros, com uma única tirada no concelho da Póvoa de Varzim.

A prova deste ano não vai fugir ao traçado dos últimos anos, com partida e chegada na avenida Vasco da Gama, junto às instalações do Clube Desportivo da Póvoa, além da tradicional passagem pelo Monte de São Félix, que irá acontecer por 7 vezes, e que costuma quebrar o pelotão.

A clássica que terá no pelotão corredores profissionais e sub23, vai passar pelas estradas das freguesias poveiras de Aver-o-Mar, Navais, Estela, Laúndos, Rates, Terroso e Amorim.

A prova que faz parte do calendário de competições da Federação Portuguesa de Ciclismo, terá na organização o CDC Navais e a Associação de Ciclismo do Porto, e contará para a primeira jornada da Taça de Portugal JSC.

Iluminação de Natal: como lhe dar uma nova vida durante todo o ano

Precisas de ideias para reutilizar as luzinhas natalícias? Então vieste ao lugar certo. Toma nota dos nossos conselhos.

Terminada aquela que, para muitos, é uma das melhores épocas do ano, é altura de desfazer a árvore de Natal e retirar toda a decoração natalícia. Mas será que tem mesmo de ser assim?

Se és daquelas pessoas que adora os enfeites desta quadra, não desanimes, pois vamos dar-te boas ideias para os reutilizá-los e dar, com eles, um toque original à decoração da tua casa.

Ideias decorativas utilizando as luzes natalícias

Luzes de Natal

Freepik

Ideias não faltam. Com estas luzes de Natal podes dar asas à tua imaginação e, com isso, dar mais ânimo, brilho e cor à tua casa, mas também um toque de tranquilidade, visto que este tipo de luzinhas remete a uma época de paz. Mas, caso a criatividade não seja o teu forte, apresentamos-te algumas ideias.

Cria um ambiente relaxante no quarto

O quarto é o teu refúgio, o local onde descansas, mas também onde podes simplesmente relaxar ao ler um livro ou a ver uma série ao fim de um dia de trabalho. Por esse motivo, é importante que cries um ambiente acolhedor. E uma boa maneira de o fazeres é usares a iluminação de Natal pela cabeceira da cama ou aos pés da mesma, ou, até mesmo, na parede por trás da cama.

Para o quarto das crianças é também uma excelente opção. Cria um ambiente de luminosidade e vida e, além disso, os miúdos vão adorar.

Luzes decorativas no quarto de uma criança

Freepik

Espelho de “show star”

Sempre sonhaste ser uma estrela da música ou do cinema e ter um camarim só teu com aqueles famosos espelhos cheios de luzes? Pois bem, aqui tens uma oportunidade, não de ser uma “show star” mas, pelo menos, de ter um espelho igual a uma. 

Para isso, basta que aproveites as luzes de Natal, sobretudo as brancas, para colocá-las ao redor das limitações do espelho. Podes usar fita adesiva para prendê-las. Vai fazer um efeito muito giro e chamativo.

Cria um cinema em casa

E por falar em “show star” e luzes brancas, podes aproveitá-las também para criar um ambiente de cinema em tua casa, ao colocar essas luzes ao redor da televisão. Apaga as restantes luzes da sala ou do quarto e deixa apenas essas ligadas. Depois é só ires buscar as pipocas e aproveitar uma excelente noite de cinema. 

Casa com luzes decorativas

Freepik

Efeito lareira

Sempre sonhaste ter uma lareira em casa e não tens? Ora bem, a solução que te apresentamos está longe de te aquecer nos dias de inverno, mas pelo menos dá-te um efeito visual giro e aconchegante.

Arranja um cesto, coloca dentro alguns troncos e espalha as luzes ao redor dos troncos, de forma a simular o efeito das chamas na lareira.

Não temas o exagero!

O tempo do minimalismo e do menos é mais está a tornar-se cada vez mais distante. Se é para reaproveitares a decoração natalícia de que tanto gostas, sê ousado/a!

Atreve-te a espalhar as luzes pela casa, sobre as janelas, armários, prateleiras e estantes, ao redor das molduras e quadros, ou simplesmente de um jarro ou dentro de uma garrafa de vidro. Ideias simples que fazem toda a diferença numa decoração.

Luzes de Natal como decoração

Freepik

Mensagem inspiradora

Quem não gosta, hoje em dia, de ter uma mensagem de inspiração nas paredes de casa? Até mesmo uma simples palavra basta para criar um ambiente giro e podes fazer isso recorrendo a luzes de Natal. Podes mesmo fazer a mensagem usando apenas o fio das luzes ou criar a mensagem com recurso a um arame e depois “forrares” o arame com as luzinhas.

Faz as tuas plantas resplandecer

És um apaixonado ou apaixonada por plantas? Gostas de ver a vida da natureza brilhar em tua casa? Pois bem, podes dar uma ajudinha a que isso aconteça de forma ainda mais vibrante. Encontra um fio verde, para se misturar na perfeição com as folhas, e espalha as luzes de Natal por elas de forma a fazer resplandecer os tons das tuas plantas.

Leva esse resplandecer até lá fora

Não só nas plantas de casa podes usar a iluminação natalícia. Caso tenhas um terraço, ou até mesmo um jardim, aproveita o espaço e as plantas exteriores, assim como os arbustos e árvores, se for o caso, e coloca as luzinhas sobre elas. Vais criar um ambiente fascinante.

Luzes no jardim

Freepik

Uma prática amiga do ambiente

A palavra “sustentabilidade” está cada vez mais presente, ou deveria estar, nas nossas vidas. E já pensaste que, não reaproveitar as decorações de Natal é algo muito pouco sustentável? Dar uso a algo apenas um mês durante um ano?

Em vez de estares a comprar novos objetos decorativos para casa, reaproveita esses que já tens e tanto gostas, mas que, por norma, apenas os usas em dezembro e início de janeiro.

E os benefícios desta reutilização não se ficam por aqui. Pois, além de estares a ser amigo do ambiente, estás também a poupar dinheiro e tempo ao não precisares de comprar novas decorações.

Decoração natalícia

Freepik

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias

6 truques caseiros para matar mosquitos este verão

Os mosquitos podem ser uma verdadeira dor de cabeça. Mas repelentes naturais que podem fazer milagres.

As temperaturas sobem e alguns hóspedes muito irritantes aparecem nas nossas casas: os mosquitos. Este pequeno inseto é capaz de nos roubar a paz enquanto jantamos tranquilamente na esplanada e nos desesperam com as suas picadas. E o pior é que podem ser transmissores de doenças para os humanos e para os nossos animais de estimação.

Existem soluções muito eficazes para evitá-los em casa, por exemplo, redes mosquiteiras ou aqueles aparelhos que ficam ligados à tomada e emitem odores ou ultrassons que os afugentam. Mas quando estamos no pátio ou no terraço é mais difícil afugentá-los. Em ambos os casos, existem alternativas e remédios caseiros que funcionam.

Limão e cravo

É o remédio mais tradicional e tão simples como cortar limões em dois e espetar alguns cravos na polpa. Basta distribuí-los pela casa, o mais próximo possível daquelas áreas onde estamos habitualmente, como a cama ou o sofá. Se há uma coisa que os mosquitos odeiam são os aromas cítricos.

picadelas de mosquito

Pexels

Sprays caseiros

Uma maneira de espantar os mosquitos que é muito agradável para os humanos é fazer aerossóis e borrifar os quartos com eles. Prepará-los é muito fácil, basta misturar água num recipiente com algumas gotas de óleo essencial de limão ou eucalipto. São aromas que esses insetos não suportam.

Também podes fazer sprays com citronelamanjericão ou camomila. Mas, nesses casos, a mistura requer um pouco mais de tempo de preparo, pois é preciso colocar as ervas em água fervente e deixá-las descansar antes de coar e pulverizar.

afastar mosquitos

Habitissimo

Plantas aromáticas

Qualquer um dos remédios acima é perfeito para dentro de casa. Mas o que acontece quando estamos nos espaços exteriores? A melhor forma de espantar os mosquitos é colocar plantas aromáticas. Podemos achar o aroma de menta, manjericão, lavanda ou hortelã muito agradável. Mas os mosquitos têm outros gostos, então podemos relaxar tranquilos e sem companhias indesejadas.

Citronela

A citronela merece uma menção à parte, pois com ela podem ser feitos vários remédios para evitar que os mosquitos colonizem as nossas casas. O mais fácil é colocar vasos com essa planta em pontos estratégicos da casa. Mas também podes fazer um spray com ele ou colocar perto de nós velas perfumadas com o seu cheiro.

Vinagre e alho

O seu cheiro é muito menos agradável do que o de frutas cítricas ou plantas aromáticas, mas se não gostamos muito, os mosquitos odeiam. Para não incomodar muito, o truque é colocar recipientes com duas partes de água e uma parte de vinagre branco perto de portas e janelas.

remédios para evitar picadas de mosquito

Habitissimo

Armadilhas antimosquitos

Os truques anteriores servem para espantar os mosquitos, mas se queremos matá-los precisamos de algo diferente. As armadilhas são eficazes e fáceis de fazer.

Basta cortar uma garrafa de plástico na zona da boca e colocar no seu interior uma mistura de água, açúcar e fermento. Em seguida, colocar a parte que foi cortada para dentro, com a boca voltada para dentro da garrafa, e embrulhar com papel ou um pano escuro. Os mosquitos entrarão na armadilha atraídos pelo cheiro da mistura, mas não conseguirão sair.

Essa outra armadilha é mais fácil: basta encher um recipiente com água, algumas colheres de açúcar e um pouco de vinagre. Os mosquitos virão até ela atraídos pelo cheiro, mas ficarão presos e morrerão afogados.

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias

Investidores norte-americanos lideram negócio imobiliário em Portugal

As condições reuniram-se na última década para que os fundos internacionais passassem a apostar todas as fichas no mercado imobiliário português, de tal modo que em 2022 lideraram as transações de imóveis. No topo da lista estão os investidores oriundos dos EUA, país que está no olho do furação da atual crise financeira.

Foram os apetecíeis preços dos imóveis em Portugal, combinados com uma alta liquidez do mercado, que levou os fundos estrangeiros a apostar em força no imobiliário do nosso país. Investiram tanto, que segundo o responsável pelos mercados de capitais da CBRE Nuno Nunes, “os fundos imobiliários têm uma quota de mercado dominante no mercado português”, que deverá ser superior a 85% nos últimos anos, cita o Jornal de Negócios.

A verdade é que não se sabe ao certo quanto é que representam os fundos de investimento no mercado imobiliário português, por vários motivos, aponta o mesmo jornal:

  • há muitos investidores internacionais (sem dados públicos para consulta);
  • investimentos são realizados por sociedades complexas, sendo difícil perceber quem foi responsável pelos mesmos (se são fundos ou outro veículo de investimento).

Ainda assim, os especialistas de mercado não têm dúvidas que os estrangeiros  – sejam fundos, gestoras ou outro tipo de sociedades – dominaram as operações imobiliárias no nosso país em 2022, refere a mesma publicação. E, em concreto, são os investidores norte-americanos que estão no topo da lista, colocando mil milhões de euros no mercado (cerca de 37% do total). A lista de maiores investidores do mercado imobiliário nacional é liderada pela Blackstone, que protagonizou a compra do portfólio Connect ao Novo Banco por 208 milhões de euros e ainda do portfólio Bond à M7 por 125 milhões.

Já aquela que foi a maior transação de sempre no mercado imobiliário português, a compra do projeto Crow por 800 milhões de euros, foi selada pelo fundo norte-americano Davidson Kempner.

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias

Renegociação do crédito habitação dispara com subida de juros

Em dezembro de 2022, os contratos renegociados pesavam 22% do total de novas operações, diz BdP. Um ano antes, o peso era de 6%.

Quem está hoje a pagar um crédito habitação de taxa variável já está a sentir na carteira os efeitos da subida a pique das taxas de juro – a média nos novos empréstimos mais do que triplicou em 2022 atingindo os 3,24% no final do ano. Perante a dificuldade em pagar prestações da casa bem mais elevadas, há cada vez mais mutuários a recorrer à renegociação do crédito habitação, que tem novas regras até ao final de 2023. É isso mesmo que mostram os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP): em dezembro de 2022 os contratos renegociados pesavam 22% do total de novas operações de crédito para habitação própria permanente, um valor bem superior ao registado um ano antes (6%).

Foi no passado dia 26 de novembro que entrou em vigor o Decreto-Lei n.º 80-A/2022, que estabelece novas regras para renegociar os créditos habitação, uma medida criada pelo Governo de António Costa para ajudar as famílias a mitigar os efeitos da subida a pique das taxas de juro nos empréstimos habitação. Este novo diploma abrange os créditos de taxa variável (e indexados à Euribor) para a compra de habitação própria e permanente até 300 mil euros e cuja “taxa de esforço atinja patamares significativos”, como 36% ou 50%. Todos os outros créditos habitação podem ser renegociados, mas segundo o Plano de Acção para o Risco de Incumprimento (PARI).

Apesar de os bancos terem tido dificuldades em avaliar as taxas de esforço e identificar os casos em que as novas regras de renegociação dos empréstimos da casa podem ser aplicadas – já que precisam de ter os dados da dívida dos clientes e os rendimentos mensais atualizados -, o número de renegociações do crédito habitação disparou no final de 2022.

Renegociação do crédito habitação

Foto de Kampus Production no Pexels

Renegociação dos créditos habitação chegou a 22% em dezembro

“A percentagem de contratos renegociados aumentou ao longo de 2022”, conclui o BdP dando nota que “a renegociação não resultou de uma situação de incumprimento e na qual os clientes tiveram participação ativa”.

De acordo com os dados do BdP, em dezembro de 2021 só 6% dos contratos foram renegociados face ao total de novas operações de crédito para aquisição de habitação própria permanente. Este valor começou a aumentar ligeiramente em julho, quando as taxas Euribor já estavam positivas e a aproximar-se de 1%. E começou a escalar em outubro, contabilizando-se 17% de contratos reestruturados face ao total. De notar que, nesta altura, as novas regras de renegociação dos créditos habitação ainda não estavam em vigor, sendo que as operações deverão ter ocorrido seguindo o PARI.

O ano de 2022 fechou com uma subida das renegociações dos empréstimos – altura em que o diploma já estava em vigor. “Em dezembro de 2022, estes contratos representavam 22% do total de novas operações de crédito para habitação própria permanente”, frisou o regulador liderado por Mário Centeno no boletim publicado na passada quinta-feira dia 2 de fevereiro.

Com o crescimento das operações de renegociação dos créditos, o peso dos novos contratos caiu passando de 90% em setembro, para 83% em outubro e novembro, caindo novamente em dezembro para 78% do stock mensal.

Já “o peso dos contratos renegociados por incumprimento manteve-se ao longo do ano, situando-se em torno de 1% do total de novos empréstimos para habitação própria permanente”, adianta ainda o regulador português.

Amortização do crédito habitação aumentou durante 2022

Além de renegociar o crédito habitação, o novo diploma publicado pelo Executivo socialista também prevê a suspensão da comissão de amortização antecipada do crédito habitação, que no caso dos empréstimos de taxa variável é de 0,5%. “Dada a suspensão, não se aplica também a cobrança de imposto do selo sobre a comissão em causa”, esclareceu ainda o Governo.

Isto quer dizer que as famílias têm a possibilidade de amortizar antecipadamente o crédito habitação sem quaisquer custos e várias vezes até ao final do ano. Mas atenção que esta medida aplica-se apenas aos créditos à aquisição ou construção de habitação própria e permanente, com taxa variável, sem limite de capital em dívida.

Sobre este ponto, o regulador liderado por Mário Centeno também dá conta que “o montante de amortizações antecipadas parciais e totais tem aumentado desde o último trimestre de 2022”. E diz ainda que “as amortizações antecipadas efetuadas ao longo de 2022 totalizaram 6,7% do stock de empréstimos no final do ano”.

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias

Domingos Névoa compra Shopping Cidade do Porto à Teixeira Duarte por 28 milhões

Grupo bracarense adquiriu o polémico centro comercial, situado junto à Rotunda da Boavista, que esteve longos anos ameaçado de demolição, por ordem do tribunal, que acabou por o salvar, pouco tempo antes da pandemia, julgando extinta a acção de execução da sentença.

Construído pela Soares da Costa e inaugurado em 1994, o Shopping Cidade do Porto, que acabou nas mãos da Teixeira Duarte, esteve desde o início envolto em polémica, pois o licenciamento violava o Plano Director Municipal do Porto, que previa uma zona verde para aquele espaço.

O caso acabou denunciado pelo arquitecto José Pulido Valente, que, em 1995, instaurou uma acção popular, com pedido de anulação do licenciamento e demolição das obras, contra o então vereador do Urbanismo da autarquia.

Após uma longuíssima litigância judicial, o Supremo Tribunal Administrativo determinou a ilegalidade do licenciamento. E em 2003, o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto ordenou a demolição do edifício, tendo a decisão sido suspensa porque houve recursos.

Em Novembro de 2007, o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto deu 42 meses para que se procedesse ao encerramento, despejo e demolição do edifício. Mas tal nunca aconteceu.

Em dezembro de 2019, o Tribunal Central Administrativo do Norte julga “extinta a instância executiva” (leia-se pedido de execução da sentença) pelo facto de o prédio ter sido entretanto legalizado e não dever, por isso mesmo, ser demolido.

Esta quinta-feira, 5 de Janeiro: “O Shopping Cidade do Porto entrou em 2023 com um novo dono. Trata-se do Grupo Domingos Névoa, que adquiriu ao Grupo Teixeira Duarte 100% da empresa proprietária e gestora do centro comercial portuense, numa operação orçada em 28 milhões de euros”, anuncia a compradora, em comunicado.

Integrado num complexo imobiliário constituído por escritórios, hotel e parque de estacionamento coberto com 560 lugares, o Shopping Cidade do Porto tem cerca de 15 mil metros quadrados de área locável, distribuídos por quatro pisos, e integra um total de 90 lojas, entre as quais se encontram “âncoras” como a Zara, o supermercado Froiz, a Decathlon, o Fitness Hut, a Livraria Bertrand, a Cortefiel e o McDonald’s .

De acordo com o novo dono, o centro comercial recebeu 3,4 milhões de visitas no ano passado, mais 48,6% face ao ano anterior.

Já “segundo os dados disponibilizados pela equipa gestora do ‘shopping’, o ano transato permitiu registar vendas globais (com IVA) superiores a 35 milhões de euros (mais 44,4% do que em 2021)”.

Pagou 20 milhões pela compra do Braga Retail Center e do Mira Maia Shopping

Nos “próximos meses será trabalhada a renovada visão” para o centro comercial, que será apresentada “oportunamente”, refere Sousa Ribeiro, diretor-geral do Grupo Domingos Névoa para esta área de negócio.

A compra do Shopping Cidade do Porto corporiza o terceiro investimento do género do grupo empresarial bracarense no espaço de um ano, depois da compra do Braga Retail Center e do Mira Maia Shopping, no final de 2021, onde desembolsou 20 milhões de euros.

“Juntam-se aos ativos em carteira situados em Beja e Darque (Viana do Castelo)”, acrescenta o mesmo grupo.

“No ano passado, sinalizámos a intenção em sermos protagonistas neste segmento de negócio. A aquisição do Shopping Cidade do Porto e do seu parque de estacionamento é uma etapa importante na estratégia traçada, não só pelo que representa empresarialmente como para a própria dinâmica socioeconómica da Invicta”, sublinha Bruno Névoa, CEO e acionista do Grupo Domingos Névoa.

Apresentando-se como empresa multissetorial de âmbito nacional, com base em Braga, o Grupo Domingos Névoa opera nas áreas da distribuição automóvel (concessionários da Mercedes-Benz, Smart, Jaguar, Land Rover e Ford), promoção imobiliária, construção civil, centros comerciais (gestora e proprietária), ambiente (águas e resíduos), parques de estacionamento e hotelaria.

Retirada Jornal de Negócios – Adaptado por Dicas Imobiliária

Construção de casas vai crescer entre 1,5% e 4,5% em 2023

Produção em todo o setor da construção deverá registar um crescimento real de 2,4% a 4,4% em 2023 para 21.782,5 milhões de euros.

A construção enfrentou uma panóplia de constrangimentos ao longo de 2022. Os preços dos materiais continuaram a subir e a mão de obra ficou mais cara. Mas, mesmo assim, o setor deu provas de resiliência: a construção de habitações aumentou 3,7% em 2022, segundo estima a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN). E para 2023 tudo indica que a produção da construção de habitações vai continuar a crescer entre 1,5% e 4,5%, prevê ainda a associação.

O segmento da habitação evoluiu positivamente ao longo de 2022, apesar dos constrangimentos relacionados com a subida dos preços dos materiais de construção, dos preços das casas à venda, bem como das taxas de juro no crédito habitação. De acordo com os dados compilados pela AICCOPN e divulgados em comunicado enviado às redações, os principais indicadores evoluíram da seguinte forma positiva em 2022 face ao período homólogo:

  • Número de alojamentos licenciados em construções novas subiu 5,4%;
  • Montante do novo crédito habitação concedido até outubro aumentou 7,6%;
  • Valor mediano da habitação para efeitos de avaliação bancária cresceu 13,9% em novembro face ao período homólogo;
  • Transações de alojamentos familiares nos primeiros 9 meses de 2022 aumentou 8% em número e 22,9% em valor.

“Deste modo, tendo em conta a evolução dos indicadores em 2022 e fatores como o nível da procura por habitação, o atual enquadramento das taxas de juro, o aumento da procura por soluções energeticamente mais eficientes e do vetor com maior dimensão no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] ser a habitação, a previsão para 2023 aponta para uma taxa de crescimento entre 1,5% e 4,5%, a que corresponde um ponto médio de 3,0%, neste segmento, após o aumento de 3,7% estimado para 2022”, destaca a AICCOPN no documento.https://datawrapper.dwcdn.net/OQhBS/1/

Produção na construção deverá crescer 2,4% a 4,4% em 2023

No que diz respeito a todo o setor da construção (que inclui edifício residenciais, imóveis não residenciais e o segmento da engenharia civil), a associação presidida por Manuel Reis Campos indica que as previsões apontam para o crescimento da atividade, antecipando-se um acréscimo real do valor bruto de produção do setor em 2023 entre 2,4% e 4,4%, intervalo a que corresponde um ponto médio de 3,4%.

“Desta forma, prevê-se que em 2023, em linha com as previsões da Comissão Europeia para a evolução do investimento em construção, o setor da construção dê continuidade ao importante contributo para a evolução da economia nacional, com a produção total, em termos reais, no ponto médio do intervalo de previsão, a crescer 3,4% e a situar-se, em valor, nos 21.782,5 milhões de euros”, destaca ainda a associação fundada em 1892.

Importa recordar que em 2022 o setor da construção provou, uma vez mais, a sua resiliência, já que a AICCOPN estima que a produção da construção terá crescido 3,4%. “Efetivamente, durante 2022, apesar de todos os constrangimentos que afetaram a atividade económica, assistiu-se, novamente, a uma elevada resiliência das empresas de construção, com a maioria dos indicadores setoriais a registarem uma evolução positiva”, destaca:

  • Emprego na construção cresceu 9% no terceiro trimestre de 2022, para o nível mais elevado dos últimos dez anos;
  • Investimento em construção subiu 0,8% nos primeiros 9 meses de 2022 face ao período homólogo;
  • Valor Acrescentado Bruto (VAB) do setor da construção aumentou 1,1% entre janeiro e setembro de 2022 face ao mesmo período do ano anterior.
Construção de casas novas

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No que diz respeito ao segmento dos edifícios não residenciais, prevê-se um ligeiro crescimento em 2023, que se deverá situar entre 0,2% e 1,2%. Este é poderá se o “resultado de um cenário de evolução modesta da produção, quer na vertente privada quer na vertente pública”, destaca na mesma publicação

Relativamente ao segmento da engenharia civil, a AICCOPN estima que a produção aumente em termos homólogos entre 4% e 6% do seu valor bruto da produção, em resultado dos investimentos previstos no PRR e no Portugal 2020, que se encontra no seu final de ciclo. Importa referir que a produção da engenharia civil “beneficia, atualmente, dos elevados níveis de adjudicações ocorridos em 2020 e em 2021, com os contratos de empreitadas de obras públicas celebrados a totalizarem, nesse período, 7.759 milhões de euros”, sublinha ainda.

Reabilitação e investimento estrangeiro vão marcar imobiliário em 2023

Para especialistas da UCI Portugal, 2023 será também um ano de imprevisibilidade, “para o bem e para o mal”.

Apesar do contexto geopolítico e macroeconómico, 2022 apresentou-se como um ano dinâmico (e de recordes) para o mercado imobiliário. E para o novo ano que acaba de arrancar, as perspetivas são otimistas – ainda que a incerteza também esteja em cima da mesa. Segundo os especialistas da UCI Portugal, a reabilitação e a continuidade do investimento estrangeiro são duas das tendências que vão marcar o mercado em 2023.

“A reabilitação imobiliária tem duas motivações essenciais que podem andar juntas. Uma é a questão financeira, uma vez que, por norma, é mais acessível adquirir um imóvel para reabilitar. Este tipo de negócios é também interessante para investidores, que podem comprar estes imóveis e colocá-los no mercado mais tarde, em busca de uma valorização. A outra é a questão ambiental, uma vez que a reabilitação, se tiver em conta a eficiência energética, pode reduzir as emissões de um imóvel. Reabilitação e sustentabilidade andam muitas vezes lado a lado”, afirma Pedro Megre, CEO da UCI Portugal, citado em comunicado. 

Outra tendência que marcará 2023 será a continuidade e, possivelmente, o aumento de investimento estr.angeiro no imobiliário em Portugal. “Portugal está numa posição geográfica privilegiada, distante de conflitos, ao mesmo tempo que continua a ser uma boa base para quem queira viver na Europa a poucas horas de avião dos maiores centros de decisão, enquanto oferece bom tempo, lindas paisagens, segurança e uma boa qualidade de vida. Recentemente, os norte-americanos têm-se destacado como nacionalidade crescente entre os compradores, algo que se deve manter”, continua Pedro Megre.

Uma terceira tendência, tendo em conta a guerra na Ucrânia e as suas consequências económicas, será a imprevisibilidade. “Os últimos anos ensinaram-nos que há fatores imprevisíveis, desde logo o comportamento das maiores economias europeias que podem influenciar as ações do BCE, e dessa forma determinar como o ano pode correr. Para o bem e para o mal, estamos à mercê do mercado internacional, o que tanto pode significar que 2023 será um ano excelente, como um ano com resultados mais conservadores”, conclui o responsável da UCI em Portugal.