Comprar casa com crédito habitação: as comissões iniciais cobradas por cada banco

A Deco Proteste analisou as comissões iniciais de 13 bancos. Defende a uniformização destes encargos e a portabilidade da comissão de avaliação do imóvel.

Comprar casa com recurso ao crédito habitação envolve vários custos. Além do preço do imóvel, os clientes têm de suportar outras despesas, como juros, impostos, seguros e outros encargos relativos a produtos contratados no banco, como contas à ordem e cartões de débito e de crédito. Mas os gastos não se ficam por aqui. À fatura é preciso juntar as comissões iniciais de cada banco.

A Deco Proteste analisou as comissões iniciais de 13 bancos e/ou instituições de crédito, e refere que “não é fácil apurar o custo total das comissões iniciais de um crédito à habitação, nem compará-lo entre bancos”. Por isso, e para tornar o processo “mais transparente”, defende a “uniformização destes encargos e a portabilidade da comissão de avaliação”.

“Em média, num processo de crédito à habitação, são cobradas três [comissões]: estudo ou abertura do crédito, avaliação do imóvel e formalização do contrato. Tirando a última, as restantes têm de ser pagas independentemente de o crédito ser ou não aprovado”, explica a Deco Proteste.

Apesar disso, e ainda que a maioria dos bancos divida as comissões iniciais associadas ao crédito habitação em três,” há os que se ficam pelas duas (estudo e avaliação) e os que, por outro lado, optam por distribuir os custos por quatro ou cinco comissões diferentes, com designações nem sempre coincidentes de banco para banco”, escreve a publicação. É o caso do Bankinter (5 comissões) e da CGD e UCI (cobram 4).

De acordo com a Deco Proteste, e embora todos estes custos tenham obrigatoriamente de constar na Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE), “a disparidade das designações das comissões iniciais entre bancos dificulta, não só, a perceção sobre o montante total a suportar pelo consumidor, como também a comparação de diferentes propostas de crédito”.

Avaliação do imóvel deve ser válida em mais do que um banco

A Deco Proteste continua a reivindicar também a portabilidade da comissão de avaliação do imóvel, isto é, a a possibilidade de uma mesma avaliação ser válida em mais do que um processo de concessão de crédito, durante um determinado período.

“Isto porque quem solicita a viabilidade de um empréstimo em mais do que um banco tem de suportar este custo tantas vezes quantas as instituições que consulta. Sendo um processo levado a cabo por uma entidade independente, não se compreende por que motivo tem de ser repetido”, defende, acrescentando que esta alteração faria com que o consumidor “incorresse em menos despesas, promovendo, ao mesmo tempo, a concorrência e a transparência no setor bancário”.

Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas Imobiliárias