Juros no crédito habitação descem pela 1ª vez em dois anos para 4,641%
Também as prestações da casa diminuíram em fevereiro de 2024. Nos novos contratos, os juros desceram pela 4ª vez.
Os juros nos novos créditos habitação estão a descer há quatro meses consecutivos, tendo-se fixado em 4,197% em fevereiro. Agora, observa-se que as recentes descidas (ligeiras) da Euribor e as taxas mistas mais acessíveis também já estão a ter efeitos nos juros implícitos no total de empréstimos habitação existentes no país. Isto porque, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta taxa de juro diminuiu pela primeira vez desde março de 2022, para 4,641% em fevereiro de 2024. Esta descida dos juros também se refletiu nas prestações da casa.
“A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 4,641% em fevereiro, valor inferior em 1,6 pontos base (p.b.) face ao registado no mês anterior (4,657%), sendo a primeira descida registada desde março de 2022”, diz o INE no boletim estatístico divulgado esta segunda-feira, dia 18 de março.
Também para o destino de financiamento de aquisição de habitação – “o mais relevante no conjunto do crédito habitação” -, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu pela primeira vez desde março de 2022, para 4,606% (-1,7 p.b. face a janeiro).
Esta descida dos juros no total de empréstimos da casa teve um ligeiro impacto nas prestações da casa. “A prestação média registou a primeira redução desde fevereiro de 2021, fixando-se em 403 euros, menos 1 euro que em janeiro (…), o que traduz uma diminuição mensal de 0,2% (+1,0% no mês anterior)”, lê-se ainda na publicação.
Assim, se desagrega a prestação da casa registada em fevereiro deste ano (403 euros, em média):
- Juros: correspondem a 248 euros (62% do total)
- Capital amortizado: 155 euros (38%).
Esta ligeira descida dos juros e das prestações da casa no total de créditos habitação em vigor em Portugal pode ser explicada pelas recentes reduções das taxas Euribor, mas também pela maior contratação empréstimos a taxas mistas com juros mais baixos, pelo menos, no início do contrato. Mas, ainda assim, a prestação da casa continua a ser 25,2% superior à registada há um ano (mais 81 euros), numa altura em que os juros representavam apenas 41% do valor médio da prestação (322 euros).
De notar ainda que, em fevereiro de 2024, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 368 euros face ao mês anterior, fixando-se em 65.158 euros.
Novos contratos de crédito habitação: juros descem pelo 4º mês consecutivo
É precisamente nos novos contratos de crédito habitação que os recentes alívios da Euribor e as taxas mistas mais acessíveis têm tido um impacto mais imediato. E talvez por isso se verifique que “nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu pelo quarto mês consecutivo, passando de 4,315% em janeiro para 4,197% em fevereiro”, aponta o INE.
Também para o destino de financiamento de aquisição de habitação, a taxa de juro nos novos contratos registou a quarta redução consecutiva, diminuindo 11,5 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 4,182%.
Em resultado, o valor médio das prestações da casa nos créditos habitação celebrados entre dezembro e fevereiro desceu 11 euros face ao mês anterior, para 628 euros em fevereiro de 2024. Mas face há um ano esta prestação da casa continua a ser 10,4% superior.
“Para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio em dívida foi 124.216 euros, menos 994 euros que em janeiro”, referiu ainda o INE. Esta redução pode refletir a tendência de comprar casas mais baratas e pedir menos financiamento à banca, de forma a pagar menores prestações.
Retirado do Idealista - Adaptado por Dicas Imobiliárias
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