Empresas imobiliárias estão a contratar? Perspetivas são positivas
Setor das Finanças e Imobiliário é um dos que apresenta as previsões de contratação mais otimistas para o 1º trimestre de 2023.
Irá o setor imobiliário continuar a dar uma boa resposta ao contexto económico atual, marcado por uma alta taxa de inflação e consequentemente por uma perda de poder de compra, entre outros fatores? Os dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey relativos ao primeiro trimestre de 2023 permitem concluir, por exemplo, que os setores portugueses de Energia e Utilities, Tecnologias da Informação, Finanças e Imobiliário e Serviços de Comunicação são os que apresentam as previsões de contratação mais otimistas.
“Apesar da atual conjuntura, os empregadores de oito dos nove setores analisados esperam aumentar as suas equipas neste início de ano. Não obstante, registam-se claros sinais de abrandamento nas intenções de contratação, com sete setores a reduzirem as suas projeções face ao trimestre passado e ao período homólogo de 2022”, começa por referir, em comunicado, o ManpowerGroup.
A empresa adianta que a Energia e Utilities é o setor que apresenta as perspetivas mais positivas, com uma projeção para a criação líquida de emprego de +43%. Segue-se na lista a área das Tecnologias da Informação, com uma “projeção saudável de +28%”. Trata-se, no entanto, de uma projeção que representa “uma descida considerável de 10 pontos percentuais (p.p)” face ao trimestre anterior e de 39 p.p. face ao período homólogo.
No terceiro e quarto lugares do ranking encontram-se os setores de Finanças e Imobiliário e de Serviços de Comunicação: “Avançam ambos uma projeção de +18%. Porém, na comparação com o trimestre passado, o setor das Finanças e Imobiliário regista uma diminuição nas intenções de contratação, com menos sete p.p., enquanto o setor dos Serviços de Comunicação permanece relativamente estável com mais 1 p.p.”, conclui o relatório.
Perspetivas animadoras no setor da construção
Destaque ainda para o facto do setor da Indústria Pesada e Materiais, que abrange os subsetores da Agricultura e Construção, e do setor dos Transportes, Logística e Automoção apresentarem uma projeção favorável de contratação de +13% nos primeiros três meses do ano.
“No primeiro, o valor corresponde a uma descida de 10 p.p. face ao trimestre passado e aos primeiros três meses de 2022. Já nosTransportes, Logística e Automoção, a descida é mais acentuada, com menos 32 p.p. em comparação com a projeção para o período de outubro-dezembro de 2022”, lê-se na nota enviada às redações.
31% dos empregadores vão recrutar
O ManpowerGroup considera que, de forma geral, que “o atual clima de inflação e a perspetiva de abrandamento da economia para 2023 provocaram uma perspetiva de criação de emprego moderada nas empresas nacionais”. Nesse sentido, salienta, 31% dos empregadores afirmam que irão recrutar, mas 19% anteveem reduzir as suas equipas – e quase metade (49%) pretende manter o atual número de colaboradores.
Os dados do relatório da empresa “revelam, assim, uma projeção para a criação líquida de emprego de +12% para o primeiro trimestre de 2023, um valor já ajustado sazonalmente e que traduz numa descida considerável de 15 p.p., face ao último trimestre, e ainda mais significativa, de 25 p.p., quando comparada com o período homólogo de 2022. “Estes valores posicionam Portugal abaixo da média da região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África), com apenas sete países a terem perspetivas de contratação mais pessimistas, entre os quais, Espanha, Grécia e Itália”, conclui o relatório.
Post Comment