Taxa de esforço: o que é e que impacto tem no dia a dia

A taxa de esforço é uma medida de análise do risco de crédito que relaciona o valor das prestações bancárias com os rendimentos.

O custo de vida subiu em flecha com a escalada da inflação e quem pediu dinheiro emprestado ao banco para comprar casa, por exemplo, viu as respetivas prestações dispararem, na sequência da subida das taxas Euribor. Os rendimentos, para muitas pessoas, começam a ser cada vez mais insuficientes para fazer face às despesas. Importa saber, por isso, o que significa o conceito de taxa de esforço, muito falado nos últimos tempos. Explicamos tudo sobre este tema no artigo desta semana da Deco Alerta. 

A rubrica semanal Deco Alerta é assegurada pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor* para o idealista/news e destina-se a todos os consumidores em Portugal,

Estou preocupada com a (grande) subida de preços e do custo de vida. Não sei já como cumprir com os créditos. A este propósito, tenho ouvido falar da taxa de esforço e da importância de conhecer qual é a minha taxa. Porém, não consegui, ainda, perceber claramente o conceito de taxa de esforço. De que se trata e o que significa no nosso quotidiano?

Como bem referes, todos nós devemos conhecer a nossa taxa de esforço e, para tal, temos de entender bem o que é essa taxa.

A taxa de esforço é uma medida de análise do risco de crédito que relaciona o valor das prestações bancárias (prestação do crédito habitação, crédito automóvel, cartões de crédito, crédito pessoal) com os rendimentos do agregado familiar.

Esta taxa, grosso modo, é o rendimento que o consumidor (ou a família) tem disponível para fazer face às despesas do dia a dia – por exemplo com alimentação, transportes e combustível, educação e lazer – após o pagamento das obrigações mensais com os créditos/empréstimos previamente contraídos.

A taxa de esforço calcula-se segundo a fórmula:

  • Taxa de esforço = (Encargos financeiros mensais/Rendimento) x 100

Na prática, quanto maior for a taxa de esforço, maior é o risco de surgirem dificuldades financeiras em situação de imprevisto, como uma situação de desemprego, doença ou divórcio.

Sabias que a taxa de esforço não deve ser superior a 35%?

Os dados divulgados muito recentemente pelo Gabinete de Proteção Financeira (GPF) da Deco revelam que a taxa de esforço das famílias é de 78%. O rendimento médio das famílias que procuraram o apoio do GPF era de 1.100 euros com um total de prestações com créditos de 860 euros. Estes dois valores permitiram calcular esta taxa de esforço que ultrapassa em muito o limite máximo de 35%.

Precisas de apoio para avaliar a tua taxa de esforço? Informa-te connosco.