Investimento imobiliário: esperados (pelo menos) 1.800 milhões em 2023
Apesar do contexto geopolítico e tumulto económico provocado pelo aumento da inflação e taxas de juro, tudo indica que o setor imobiliário português deverá manter-se dinâmico e atrair investimento este ano
O ano 2022 estabeleceu novos recordes na transação de habitação, com vendas estimadas de 31.000 milhões, e no investimento em imobiliário comercial, cujo volume ultrapassou a barreira “inédita” dos 3.400 milhões – trata-se de um novo recorde anual e com aumento e 71% face a 2021. O volume de absorção também tocou novos máximos, atingindo-se a ocupação de 272.000 metros quadrados (m2) de escritórios em Lisboa, acima do anterior máximo histórico registado em 2008. Os preços da habitação intensificaram a trajetória de crescimento ao longo do ano e as rendas quer da habitação quer dos imóveis não residenciais, incluindo escritórios, logística e retalho, “exibiram igualmente uma tendência positiva”.
Antecipa-se um “natural” abrandamento na dinâmica da procura quer para ocupação quer para investimento face ao ano passado, pela dupla circunstância de enfrentar um agravamento das condições económicas e “comparar-se com níveis recorde de atividade”. Contudo, não antecipa quebras disruptivas em termos de montantes transacionados e absorção, prevendo ainda que os preços e as rendas possam manter uma trajetória positiva, mas mais suave. A baixa capacidade de reposição da oferta, que se mantém escassa em todos os segmentos, é uma das explicações para este comportamento.
Retirado do Idealista – Adaptado por Dicas imobiliárias
Imagem © Câmara Municipal de Vila do Conde
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