Reabilitação e investimento estrangeiro vão marcar imobiliário em 2023
Para especialistas da UCI Portugal, 2023 será também um ano de imprevisibilidade, “para o bem e para o mal”.
Apesar do contexto geopolítico e macroeconómico, 2022 apresentou-se como um ano dinâmico (e de recordes) para o mercado imobiliário. E para o novo ano que acaba de arrancar, as perspetivas são otimistas – ainda que a incerteza também esteja em cima da mesa. Segundo os especialistas da UCI Portugal, a reabilitação e a continuidade do investimento estrangeiro são duas das tendências que vão marcar o mercado em 2023.
“A reabilitação imobiliária tem duas motivações essenciais que podem andar juntas. Uma é a questão financeira, uma vez que, por norma, é mais acessível adquirir um imóvel para reabilitar. Este tipo de negócios é também interessante para investidores, que podem comprar estes imóveis e colocá-los no mercado mais tarde, em busca de uma valorização. A outra é a questão ambiental, uma vez que a reabilitação, se tiver em conta a eficiência energética, pode reduzir as emissões de um imóvel. Reabilitação e sustentabilidade andam muitas vezes lado a lado”, afirma Pedro Megre, CEO da UCI Portugal, citado em comunicado.
Outra tendência que marcará 2023 será a continuidade e, possivelmente, o aumento de investimento estr.angeiro no imobiliário em Portugal. “Portugal está numa posição geográfica privilegiada, distante de conflitos, ao mesmo tempo que continua a ser uma boa base para quem queira viver na Europa a poucas horas de avião dos maiores centros de decisão, enquanto oferece bom tempo, lindas paisagens, segurança e uma boa qualidade de vida. Recentemente, os norte-americanos têm-se destacado como nacionalidade crescente entre os compradores, algo que se deve manter”, continua Pedro Megre.
Uma terceira tendência, tendo em conta a guerra na Ucrânia e as suas consequências económicas, será a imprevisibilidade. “Os últimos anos ensinaram-nos que há fatores imprevisíveis, desde logo o comportamento das maiores economias europeias que podem influenciar as ações do BCE, e dessa forma determinar como o ano pode correr. Para o bem e para o mal, estamos à mercê do mercado internacional, o que tanto pode significar que 2023 será um ano excelente, como um ano com resultados mais conservadores”, conclui o responsável da UCI em Portugal.
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